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Nº 5885
Nacional Especialistas da OMS se dizem preocupados com vantagem de crescimento da subvariante

XBB.1.5 pode ser a subvariante da Ômicron mais transmissível

Primeiro caso da nova linhagem foi registrado em São Paulo nesta quinta-feira, informou rede de saúde

Por Folhapress | Edição do dia 06/01/2023 - Matéria atualizada em 06/01/2023 às 04h00

Especialistas em saúde expressaram preocupação na quarta-feira (4) sobre o rápido crescimento da nova sublinhagem Ômicron XBB.1.5, aconselhando o público a se manter informado, mas não alarmado enquanto trabalha para aprender mais sobre a cepa do coronavírus. Durante o mês de dezembro, a porcentagem de novas infecções por Covid-19 nos Estados Unidos causadas por XBB.1.5 aumentou de 4% para 41%. “É um aumento impressionante”, escreveu Ashish Jha, coordenador de resposta à Covid-19 da Casa Branca, em uma publicação no Twitter. Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) compartilharam pensamentos semelhantes na quarta-feira. “Estamos preocupados com sua vantagem de crescimento”, disse Maria Van Kerkhove, epidemiologista que é líder técnica da OMS em Covid-19. Van Kerkhove observou que a XBB.1.5, que foi detectado pela primeira vez nos Estados Unidos, se espalhou para pelo menos 29 países e “é a forma mais transmissível de Ômicron até hoje”. “Esperamos mais ondas de infecção em todo o mundo, mas isso não precisa se traduzir em mais ondas de morte porque nossas contramedidas continuam funcionando”, disse ela. Jha observou que ferramentas eficazes para evitar infecções graves por Covid-19 incluem testes rápidos, máscaras de alta qualidade, ventilação e filtragem do ar interno, pílulas antivirais orais e vacinas atualizadas. “Em breve teremos mais dados sobre como as vacinas neutralizam XBB.1.5”, disse Jha, sugerindo que pesquisas para determinar a eficácia da vacina contra a nova sublinhagem estão em andamento. Jha afirmou que a XBB.1.5 provavelmente é mais capaz de passar por nossas defesas imunológicas e pode ser mais contagiosa. Mas ele disse que ainda não está claro se causa doenças mais graves, algo que também foi enfatizado por Van Kerkhove. Ela disse que a OMS está trabalhando em uma avaliação de risco para esta sublinhagem e espera publicá-la nos próximos dias. Os consultores técnicos do grupo estão analisando dados do mundo real sobre hospitalizações e estudos de laboratório para avaliar a gravidade. Jha disse que embora esteja preocupado com a XBB.1.5, não acha que isso represente um grande revés na luta contra a Covid-19. “E se todos fizermos nossa parte”, escreveu ele, “podemos reduzir o impacto que isso terá em nossas vidas”.

São Paulo

Nesta quinta-feira (5), a rede de saúde integrada Dasa informou ter identificado o primeiro caso da subvariante da Ômicron XBB.1.5 no Brasil. O caso foi identificado em amostra de uma paciente de Indaiatuba, no interior de São Paulo. A amostra teria sido coletada em novembro do ano passado. Segundo a Dasa, o caso já foi comunicado ao Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, e a amostra se encontra no Gisaid, o repositório mundial de sequenciamento. Segundo a epidemiologista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, a subvariante XBB.1.5 é a versão mais transmissível da covid-19 identificada no mundo até agora.

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