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Saúde

OMS DECIDE MANTER NÍVEL MÁXIMO DE ALERTA PARA PANDEMIA DE COVID

Diretor-geral da organização diz que manterá a doença como emergência global em saúde pública

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Tedros Adhanom Ghebreyesus: “A resposta à Covid-19 continua prejudicada em muitos países”
Tedros Adhanom Ghebreyesus: “A resposta à Covid-19 continua prejudicada em muitos países” -

Brasília, DF – Três anos após decretar a Covid-19 como emergência global em saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira (30) que ainda não vai declarar o fim da pandemia e do estado de alerta causado pelo vírus. Em pronunciamento, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que vai seguir a recomendação do comitê de monitoramento da Covid-19 e manter a doença como emergência global em saúde pública, nível mais alto de alerta da entidade. “Embora o mundo esteja em uma posição melhor do que durante o pico de transmissão da Ômicron há um ano, mais de 170 mil mortes relacionadas à Covid-19 foram relatadas globalmente nas últimas oito semanas”,explicou. Tedros alertou que a vigilância e o sequenciamento genético do vírus diminuíram em todo o mundo, tornando mais difícil rastrear variantes conhecidas e detectar novas variantes. Além disso, segundo ele, sistemas de saúde lutam contra a escassez e o cansaço de profissionais. “Vacinas, terapias e diagnósticos foram e continuam sendo essenciais na prevenção de doenças graves, salvando vidas e aliviando a pressão sobre os sistemas de saúde e os profissionais de saúde.” “A resposta à Covid-19 continua prejudicada em muitos países, incapazes de fornecer essas ferramentas às populações mais necessitadas, aos idosos e aos profissionais de saúde”, completou o diretor-geral da OMS. O Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS concluiu que a Covid-19 permanece uma doença infecciosa perigosa, com capacidade de causar danos substanciais à saúde e aos sistemas de saúde globais. Na sexta-feira (27), a líder técnica do programa de emergência da Covid-19 da OMS, Maria Von Kerkhove, divulgou um vídeo em que diz que "a Covid-19 está aqui conosco para ficar. Com o início do quarto ano da humanidade lidando com a doença, uma pergunta que perdura é o que significa viver com a infecção. Von Kerkhove menciona o trabalho da OMS na tentativa de integrar a Covid e outras doenças a sistemas conjuntos de vigilância e de controle. Ponto parecido é reiterado por Flávio Fonseca, presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia). Ele afirma que já existem iniciativas para sequenciamento genômico que compartilham as informações do Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, em plataformas internacionais, como a Gisaid. Mas Fonseca considera que é necessário um processo mais bem estruturado. Ao fazer isso, seria mais fácil acompanhar o alastramento do vírus, identificar novas variantes, os riscos que elas possam trazer para novos picos de infecção e ainda controlar mais rápido sua disseminação. Um melhor rastreamento também é útil para atualização das vacinas, aspecto que Fonseca encara como algo que será rotineiro na convivência da humanidade com a Covid-19. "Precisa de uma liderança global, papel que recai sob a OMS, que possa regular laboratórios que são referências continentais", disse.

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