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Nº 5822
Nacional

Lula defende pol�tica externa no F�rum Social

Porto Alegre - Em discurso no lançamento da campanha  “Chamada Global para Ação  contra a Pobreza”, no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, o  presidente Luiz Inácio Lula da  Silva defendeu setores do seu  governo, em especial a política  externa, e res

Por | Edição do dia 28/01/2005 - Matéria atualizada em 28/01/2005 às 00h00

Porto Alegre - Em discurso no lançamento da campanha  “Chamada Global para Ação  contra a Pobreza”, no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, o  presidente Luiz Inácio Lula da  Silva defendeu setores do seu  governo, em especial a política  externa, e respondeu às vaias de  manifestantes dizendo que eram coisas da “juventude” e que eles eram “filhos do PT”. “Nós ficamos olhando o tempo inteiro para a Europa e para os Estados Unidos e ficamos de costas para a África e a Ásia. Hoje é diferente, graças a uma política externa arrojada e propositiva”, disse. Lula afirmou que a política externa de seu governo visa equiparar as forças entre os países ricos e pobres. “Visitamos sete países do Oriente Médio. O último governante a visitar o Líbano tinha sido dom Pedro II. Depois fomos para a Índia e para a China. Achamos que esses países juntos podem mudar a correlação de forças para que possamos ter uma predominância da maioria do países e não só dos países ricos”, acrescentou. Na opinião do presidente, os países emergentes devem se unir para ter mais força para negociar externamente. “Aprendi no movimento sindical que quando a gente é mais fraco tem que se juntar com outros fracos para ficar forte. Precisamos juntar os iguais para que a gente possa fazer presença e mudar a geografia do mundo.” Dentre as realizações mencionadas na política externa, Lula citou que esteve na África, no Oriente Médio, participou da criação do G3 (grupo do qual faz parte Brasil, África do Sul e Índia) e que tenta fechar um acordo bilateral entre a União Européia e o Mercosul. De acordo com o presidente, o Brasil tem uma dívida histórica com a África. “Uma parte da elite brasileira tinha vergonha de olhar para a África. Em dois anos, visitei mais países da África do que todos os outros presidentes. Uma parte do que o Brasil é se deve à África”, afirmou. O presidente defendeu, ainda, uma ação conjunta entre Brasil e Argentina. “A América do Sul e o Mercosul não serão os mesmos se o Brasil e a Argentina não tiverem uma ação conjunta para dar confiança aos outros países.” De forma velada, Lula criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que disse na quarta-feira que Lula deveria “estudar mais história do Brasil”. “Quando terminar meu mandato, não vou nem para a França nem para os Estados Unidos fazer pós-graduação. Vou para São Bernardo do Campo [Grande São Paulo], que é onde eu sempre vivi e onde estão meus companheiros.”

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