app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5822
Nacional

Pa�ses �rabes v�o ajudar a libertar brasileiro

São Paulo – O Brasil disse que já conta com os apoios da  Jordânia e da Síria, dois dos países mais experientes na negociação com grupos armados, na busca pelo engenheiro brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, seqüestrado no Iraque no dia 19 de jane

Por | Edição do dia 01/02/2005 - Matéria atualizada em 01/02/2005 às 00h00

São Paulo – O Brasil disse que já conta com os apoios da  Jordânia e da Síria, dois dos países mais experientes na negociação com grupos armados, na busca pelo engenheiro brasileiro João José de Vasconcellos Júnior, seqüestrado no Iraque no dia 19 de janeiro. Segundo o Itamaraty, o embaixador extraordinário para o Oriente Médio, Affonso Celso de Ouro-Preto, continua buscando o apoio de autoridades locais para ganhar força nas eventuais negociações que possa ter com os seqüestradores. Em nota à imprensa, o Itamaraty informou que além de autoridades de diferentes países dentro e fora do Oriente Médio, estão sendo feitos contatos com organizações religiosas e de assistência humanitária, que têm se comprometido a cooperar. Nesta terça-feira, o embaixador brasileiro deve viajar para o Líbano e depois deve retornar à Jordânia. Ele também poderá viajar a outros países do Oriente Médio, caso julgue produtivo ou necessário. Vasconcellos Jr. está desaparecido há 12 dias e tanto a família quanto a Odebrecht, empresa em que trabalha, negam contato com os seqüestradores. No Brasil, a comunidade muçulmana continua se mobilizando para angariar apoios. Ontem, a comunidade enviou uma carta à Associação dos Clérigos Muçulmanos do Iraque pedindo que a organização faça um apelo ao grupo que seqüestrou Vasconcellos Jr. O seqüestro do engenheiro foi reivindicado pelas Brigadas Mujahidin e do Exército de Ansar al Sunna, grupo rebelde ligado à Al Qaeda, de Osama bin Laden. Na carta, o representante da comunidade muçulmana brasileira, xeque Ali Abdouni, e o vice-representante, xeque Jihaed Hammaddeh, afirmam, entre outras coisas, que o Brasil se opôs à Guerra do Iraque. “O próprio presidente brasileiro se dirigiu à ONU (Organização das Nações Unidas) para defender o Iraque e se opor à invasão injusta. Ele continua a se manifestar nesse sentido através de seus discursos e declarações”, afirmam na carta. Nela, os xeques negam ainda que Vasconcellos Jr. seja um traidor e descartam qualquer relação dele com as tropas no país. O embaixador extraordinário para o Oriente Médio Affonso Celso Ouro-Preto, responsável pelas gestões diplomáticas sobre o seqüestro do engenheiro brasileiro João José Vasconcellos Júnior no Iraque, viaja hoje para o Líbano, em seguida retorna à Jordânia e poderá viajar a outros países do Oriente Médio, caso julgue produtivo ou necessário, segundo o Ministério das Relações Exteriores. As informações são da Agência Brasil. O ministério informou que o embaixador manteve, nos últimos dias, conversações com autoridades na Jordânia e na Síria e encontrou em todos os seus interlocutores atitude de muito boa vontade e disposição de prestar apoio. Ouro-Preto embarcou no último dia 25 para Amã, na Jordânia para ajudar nas negociações para a libertação do brasileiro. As gestões de iniciativa do Brasil têm incluído autoridades, entidades e indivíduos, em diferentes países, dentro e fora da região, com experiência em situações semelhantes. Vêm sendo feitos também contatos com organizações religiosas e de assistência humanitária, que se têm comprometido a cooperar.

Mais matérias
desta edição