SP: Serra diz que � dram�tica situa��o atual da prefeitura
São Paulo - Em um dos mais duros discursos feitos desde que tomou posse no dia 1º de janeiro, o prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB), classificou ontem a situação financeira da Prefeitura de dramática e afirmou que a administração anteri
Por | Edição do dia 03/02/2005 - Matéria atualizada em 03/02/2005 às 00h00
São Paulo - Em um dos mais duros discursos feitos desde que tomou posse no dia 1º de janeiro, o prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB), classificou ontem a situação financeira da Prefeitura de dramática e afirmou que a administração anterior (da petista Marta Suplicy) cortou ações essenciais para poder fechar artificialmente seu orçamento. As afirmações foram feitas em um encontro de Serra com os novos subprefeitos, na sede da Secretaria Municipal de Coordenação de Subprefeituras. Mesmo sem citar o nome da petista Marta Suplicy em nenhum momento do discurso, o tucano disse que a fiscalização no setor de subprefeituras chegou ao ponto de abuso completo e o modelo da gestão passada foi gritantemente ineficiente. Para ilustrar as denúncias de suspeitas de corrupção que ele disse estar recebendo, Serra disse que se a situação continuasse nesse ritmo, a cidade poderia se transformar em uma Chicago dos anos 30, numa alusão ao domínio de gangsters, como Al Capone, que brigavam pelo domínio do comércio de bebida em Chicago, em plena Lei Seca. O mote dessa guerra dos poderosos chefões motivou alguns filmes, entre eles Os Intocáveis. O prefeito ainda disse que, devido à situação financeira encontrada por sua equipe, não existe previsão orçamentária para muita coisa. Vamos ter que mobilizar a cidade, inclusive para ter a reformulação deste orçamento em muitos aspectos, porque não vai ser suficiente apenas a margem de remanejamento de 15%, pela magnitude dos cortes, destacou. No início do pronunciamento, José Serra disse que por conta do inchaço e do aumento da ineficiência na área das subprefeituras, sua equipe terá que atuar em várias frentes: com rapidez, eficiência, ética e qualidade no atendimento. Ele disse que tem ouvido de camelôs nas ruas, relatos de achaques por partes de fiscais. Deve ter gente que não rouba, mas tem gente que rouba também. E disso precisamos ficar em cima, complementou.