“O Brasil precisa resgatar sua d�vida social”

Autor do requerimento para realização de sessão especial destinada a celebrar, hoje, os 20 anos da redemocratização do Brasil, o presidente do Senado, Renan Calheiros, diz que as dívidas com o passado estão pagas, mas agora é preciso olhar o presente. “Agora, o Brasil precisa trabalhar para resgatar sua dívida social”. Renan tinha 29 anos e era deputado federal quando o Brasil se mobilizou pelas eleições diretas e depois pela eleição de Tancredo Neves para derrubar o regime militar. Como vice-líder do PMDB, ele trabalhou nessas duas campanhas. “Tive a oportunidade de viajar pelo Brasil trabalhando pela reabertura do regime. Participei dos comícios e ajudei a fazer as mudanças. Fui com Tancredo e Sarney a alguns lugares do Brasil, principalmente a Alagoas, para o grande comício que realizamos lá”, contou. Hoje, Renan se diz feliz e orgulhoso por ter participado daquele momento histórico, considerado o mais importante de sua vida e que levou o regime militar a entregar, pacificamente, o poder aos civis. “Sem dúvida, foi o momento que mais marcou minha vida. Porque tem a ver com a retomada da democracia, das liberdades, dos direitos humanos. E o que reconforta mais é ter feito parte e ter colaborado com esse processo”. Para Renan, o Brasil só tem avanços a comemorar, mas precisa avançar mais. “Nós resolvemos as dívidas com o passado, avançamos para a consolidação do presente, para a estabilização da economia, para a garantia do mínimo de previsibilidade. Agora, temos que resgatar o futuro e isso significa consolidar a agenda do desenvolvimento, crescer economicamente para que a gente possa fazer um efetivo resgate dessas dívidas todas, sobretudo a dívida social, que continua a punir os brasileiros”, disse.