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Brasil comemora vinte anos de redemocratiza��o

Brasília - Hoje, completam-se 20 anos do início da redemocratização do País, após 21 anos de regime militar. A eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, pelo extinto Colégio Eleitoral, a doença do presidente eleito e a posse do vice José Sarney, em 15 de março de 1985, marcaram o início do processo de redemocratização do Brasil e do período conhecido como Nova República. De lá para cá, muitas coisas mudaram a história do Brasil. A doença e a morte de Tancredo Neves comoveram a nação, mas Sarney comandou a retomada da redemocratização. O Senado vai realizar uma sessão solene, às 15 horas, para comemorar os 20 anos do dia em que os militares entregaram o poder aos civis de forma pacífica. Estarão presentes à sessão políticos que viveram aquele momento, e o principal deles é o senador José Sarney, que no dia 15 de março de 1985 assumiu a Presidência da República. Nesses 20 anos, a história brasileira passou por vários capítulos. Logo no início do governo, o então presidente José Sarney convocou uma Assembléia Nacional Constituinte, eleita em 1986 e empossada no ano seguinte. Os constituintes levaram dois anos para escrever a nova Carta Magna, que buscou acabar com muitos dos chamados entulhos autoritários. Em 1989, mais de 82 milhões de eleitores foram às urnas e, em segundo turno, elegeram Fernando Collor de Mello, que derrotou o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sessão especial Os 20 anos da redemocratização do Brasil serão celebrados numa sessão especial convocada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Marco Maciel (PFL-PE), Jorge Bornhausen (PFL-SC) e Pedro Simon (PMDB-RS), que estiveram no centro daqueles acontecimentos e integraram o primeiro ministério da Nova República, discursarão na solenidade. O último orador será José Sarney, vice-presidente eleito, que assumiu a Presidência no lugar de Tancredo Neves, impedido em razão de uma cirurgia para extirpar um tumor intestinal. Nesse discurso, Sarney deverá dizer que, naquele momento, o Brasil criou uma sociedade democrática, tendo chegado agora o momento de criar uma democracia social. Às 18h, os senadores seguirão para a Catedral Metropolitana de Brasília, onde assistirão a uma missa em memória desse acontecimento histórico. O ato religioso será presidido pelo arcebispo de Brasília, dom João Braz de Aviz, e pelo arcebispo militar, dom Geraldo do Espírito Santo Ávila.