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Abin liga PT � suposta doa��o feita pelas Farcs

Brasília - Em reunião fechada com parlamentares, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Armando Félix, e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, confirmaram ontem a existência de um documento oficial que registra uma promessa de doação de US$ 5 milhões para a campanha presidencial, em 2002, que seria feita pelas Farc, grupo guerrilheiro colombiano ligado ao narcotráfico. O documento, registrado com o número 0095, é de abril de 2002 e integra os arquivos da Abin. Segundo Félix e Mauro Marcelo, seria este o único registro, entre os 200 relacionados às Farcs e guardados na Abin, que faz menção a contribuições eleitorais. Félix e Mauro Marcelo não conversaram com a imprensa. As informações foram repassadas pelos parlamentares que participaram da reunião. O conteúdo do documento apresentado foi revelado na última edição da revista Veja. A publicação faz referência a um conjunto de seis informes da Abin, dos quais a reportagem extrai o que seriam detalhes sobre como o dinheiro chegaria a campanhas de petistas, com origem em Trinidad e Tobago. O documentos apresentados ontem não trazem esses detalhes. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), que o documento que a Abin mantém em seu arquivo é irrelevante. É essa a informação. Não diz quem, não diz como, não diz aonde. São cinco linhas. É o único documento que existe na Abin. Isso não é um documento, é um informante do Mato Grosso, não é nem um agente da Abin. O governo anterior desprezou porque achou absolutamente irrelevante um documento baseado em ouviu-se falar que, supostamente, enfatizou Mercadante.