Presidente da Telecom dep�e e � indiciada pela Pol�cia Federal

Agência o Globo A Polícia Federal (PF) indiciou a presidente da Brasil Telecom, Carla Cicco, por formação de quadrilha e divulgação de segredo em virtude da contratação da agência de investigações Kroll, em processo movido pela Telecom Italia. A pena para esses crimes varia de um a quatro anos de prisão. Segundo a assessoria da PF, a presidente da BrT colaborou com as investigações no depoimento que prestou ontem e durou quase quatro horas. Cicco estava acompanhada de sete pessoas, entre advogados e assessores, e foi ouvida pela diretoria de inteligência policial da PF. Embora tenha prometido, a presidente da Brasil Telecom não falou com a imprensa após o depoimento. O dono do grupo Opportunity, Daniel Dantas, vai ser intimado hoje para depor amanhã na Superintendência da PF no Rio de Janeiro. Segundo a assessoria da PF, a investigação continua. Investigação O inquérito investiga o caso de espionagem feito pela multinacional Kroll na Telecom Italia, adversários de Daniel Dantas e até em e-mails e telefonemas de atuais membros do governo federal. Carla Cicco é investigada por ter compactuado com a investigação criminosa. O advogado de Cisco, Nélio Machado, convocou a imprensa para uma entrevista coletiva às 18 horas. A investigação da Telecom Italia pela Kroll a pedido da Brasil Telecom se tornou pública em julho, depois da divulgação de e-mails trocados por membros do primeiro escalão do governo, como o secretário de Comunicação, Luiz Gushiken, e o ex-presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb. Carla Cicco chegou a defender a contratação da Kroll, em teleconferências com analistas de mercado, como um hábito no meio empresarial.