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Severino adia cria��o de comiss�o

| AGÊNCIA FOLHA Brasília O presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), ainda não determinou a criação da comissão especial da Casa que vai analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que proíbe o nepotismo. A expectativa era de que Severino determinasse a criação da comissão na última segunda-feira, mas isto não havia ocorrido até a tarde de ontem. A determinação da presidência da Câmara para a criação da comissão especial é o primeiro passo para a tramitação da matéria após ter sua admissibilidade aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após a criação da comissão, as lideranças partidárias encaminham à presidência os nomes dos deputados que vão integrar a comissão especial. Esta indicação só pode ser feita após Severino cumprir a promessa feita aos integrantes da CCJ, na semana passada, de dar seguimento ao assunto. O presidente da Câmara já havia informado que não trataria a questão de forma especial e que a PEC do nepotismo deve seguir o trâmite normal da Câmara. Isto significa que além de esperar a determinação da criação da comissão especial, que terá 40 sessões ordinárias do plenário para apresentar um relatório final, a PEC deverá entrar na fila de votações do plenário, sem prioridade por parte da presidência. Ontem, após sessão solene na Câmara, em comemoração ao Dia do Índio, Severino reafirmou que não pretende atrapalhar a tramitação da PEC do nepotismo, apesar de não concordar pessoalmente com a matéria. Sobre a criação da comissão especial, Severino reafirmou que ela depende somente das lideranças partidárias. Vai depender da abertura dos trabalhos. Estamos trabalhando para votar e colocaremos em votação porque eu não terei nenhuma posição contrária a nenhum projeto, mesmo que este projeto não venha de acordo com o meu pensamento. Meu pensamento é do presidente da Casa e não irei atrapalhar projeto algum. SENADOR VITALÍCIO Ontem, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, defendeu a proposta de criar um cargo de senador vitalício para ex-presidentes da República. A proposta foi retirada da pauta do Senado, na segunda-feira, pelo senador Arthur Vírgilio (PSDB), após críticas do presidente do PT, José Genoino. Segundo Severino, os ex-presidentes têm muito o que ajudar ao País com sua experiência e sua convivência com o Parlamento. Acho que devemos aproveitar essa idéia. O presidente da República quando sai de seu mandato, com sua experiência, pode prestar um serviço ao País. O que ele passou como presidente, sua convivência com senadores e deputados. Eu não vejo nada a contrário, afirmou. Indagado se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concordou com a proposta, que teria surgido durante a viagem da comitiva presidencial que foi a Roma para o enterro do Papa João Paulo II, Severino respondeu: Eu não vi se ele concordou. Eu sei que eu concordei, disse o presidente da Câmara.