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Presidente se prepara para coletiva

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Eduardo Scolese Kennedy Alencar Agência Folha O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá dedicar boa parte do dia de hoje a uma sabatina com auxiliares e ministros a fim de se preparar para responder a temas espinhosos de sua primeira coletiva oficial desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2003. A entrevista será amnhã, às 10h30. O presidente se reunirá hoje com o publicitário Duda Mendonça, marqueteiro de sua campanha em 2002 e homem de confiança na área de comunicação. Duda, que viajou ontem com Lula e o ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) para o Pará, foi chamado para a sabatina. Ele prepara todos os pronunciamentos oficiais de Lula. A entrevista acontece numa semana em que, na visão do governo, há acúmulo de “agenda negativa”. Por isso, Lula hoje terá agenda restrita. Terá despachos só com Duda, assessores e ministros. Uma viagem ao Tocantins, prevista para hoje foi cancelada. Tópicos de “agenda negativa” foram listados por auxiliares de Lula. Alguns deles: acusações de desvio de verbas contra o ministro Romero Jucá (Previdência); afirmação de que o brasileiro, comodista, não levanta “o traseiro” para tomar atitude contra os juros altos; o recorde planetário de juros altos; e as acusações da oposição de aumento de gastos, excesso de impostos e mau gerenciamento na área social. Entram ainda na “agenda negativa” possibilidades de perguntas sobre a antecipação do debate com a oposição a respeito das eleições de 2006, a política externa (aumento da tensão entre Venezuela e EUA na semana em que a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, visitou Brasília) e os seguidos percalços na articulação política no Congresso Nacional. Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), comparou o governo ao regime militar pelo excesso de medidas provisórias que paralisam o Legislativo. Nesse cenário, a decisão de realizar a entrevista coletiva foi mantida diante do argumento de que seria pior adiá-la. Ela poderá servir de oportunidade para Lula tentar minimizar danos, como a péssima reação ao discurso de que o brasileiro “é incapaz de levantar o traseiro”. Será a primeira vez que Lula estará frente a frente de representantes de todos os tipos de mídia.

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