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Cartilha ensina o politicamente correto

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O GLOBO Brasília Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para os “preconceitos nossos de cada dia”, a Secretaria especial dos Direitos Humanos elaborou e está distribuindo a cartilha “Politicamente correto”. A publicação reúne 96 palavras, expressões e piadas consideradas pejorativas e que revelam discriminações contra pessoas ou grupos sociais, como negros, mulheres, homossexuais, religiosos, pessoas portadoras de deficiência e prostitutas. A cartilha foi distribuída esta semana a vereadores, deputados estaduais, militantes de organizações não-governamentais e pessoas envolvidas com políticas de direitos humanos, num seminário na Câmara. Triagem Na cartilha, foram incluídas expressões como “a coisa ficou preta”, “mulher no volante, perigo constante” e palavras como branquelo, burro, aidético, sapatão, veado, bêbado, ladrão e até comunista. A publicação foi organizada pelo subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, num convênio com a Fundação Universitária de Brasília. A tiragem é de cinco mil exemplares e o público-alvo inclui ainda policiais, jornalistas e professores. O texto foi elaborado pelo professor Antônio Carlos Queiroz, da Universidade de Brasília (UnB). “Todos nós utilizamos palavras, expressões e anedotas que, por serem tão populares e corriqueiras, passam por normais. Mas, na verdade, escondem preconceitos e discriminações contra pessoas ou grupos”, afirma Cipriano. O livro aponta como politicamente incorreto chamar as pessoas de palhaço e barbeiro, já que ofenderia os profissionais dessas categorias. No caso de barbeiro, diz a cartilha: “Usado no sentido de motorista inábil, é ofensiva ao profissional especializado em cortar cabelo e aparar a barba”. Já a palavra palhaço não deveria ser usada porque os profissionais do ramo poderiam se ofender “quando alguém chama de palhaço uma terceira pessoa a quem se atribui pouca seriedade”. Baianada é outra expressão condenada, considerada pejorativa porque atribui aos baianos inabilidade no trânsito. Para a Secretaria de Direitos Humanos, a expressão “preto de alma branca” é altamente racista e segregadora e um dos slogans mais terríveis do que chama de ideologia de branqueamento do país. A palavra baitola, usada vulgarmente para referir-se a homossexuais, é apontada como depreciativa. A cartilha recomenda que se use as palavras gay ou entendido e entendida.

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