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Senadores querem manter Fonteles

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FOLHA ONLINE Brasília Os senadores, liderados por Pedro Simon (PMDB-RS), articulam um movimento para manter o procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, no cargo. Segundo Simon, Fonteles é hoje o “melhor amigo” do presidente Lula, porque “não tem medo de mandar apurar e punir o que vê de errado no governo”. Fonteles deixará a Procuradoria Geral da República (PGR) no dia 30 de junho após quase dois anos à frente do Ministério Público da União. Ele se mostrou contrário à sua recondução ao cargo, mas Simon afirma que se o apelo vier por parte do presidente Lula, Fonteles não terá como recusar o pedido. Para o procurador, durante a sua gestão, o Ministério Público passou de um período de voluntarismo para um ciclo de maturidade institucional. “Procurei abrir um forte processo de diálogo. Visitei quase todas as unidades regionais. Só falta Alagoas. Penso que o líder tem que mostrar a cara dele para ser julgado e, só depois, seguido”, afirmou. Em apoio ao apelo de Simon, o senador Cristovam Buarque (PT-DF) propôs que todos os senadores assinem um documento a ser encaminhado ao presidente Lula pedindo a recondução de Fonteles ao cargo. O senador tucano Álvaro Dias (PR) já avisou que o PSDB assinará o documento. “Nós acatamos essa proposta para mostrar que queremos o bem desse governo”, afirmou. Parlamentares da base aliada dizem que o procurador provocou constrangimentos ao governo ao pedir a investigação do ministro da Previdência, Romero Jucá, e a quebra de sigilo fiscal do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Simon afirmou que falta coragem do governo Lula de tomar posições mais firmes e lembrou que a maioria das denúncias que a oposição quer investigar por meio de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) já foram acatadas para investigação por parte do procurador Cláudio Fonteles. A substituição do procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, pode mudar os rumos das investigações contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Fonteles pode ser reconduzido ao cargo, mas logo que assumiu o Ministério Público, em 2003, deixou claro que ficaria apenas dois anos no posto. Assim, a análise das informações provenientes da quebra de sigilo fiscal no caso do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por exemplo, serão apreciadas pelo novo procurador a ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O substituto poderá ter um posicionamento diferenciado da interpretação de Fonteles, responsável pelo pedido de investigação e quebra de sigilo fiscal do presidente da autoridade monetária. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello admitiu que o destino do processo pode mudar, mas alertou que, se até lá, houver avanços nas investigações e um processo penal for aberto, não pode haver alternativa ao processo.

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