Nacional
Presa quadrilha que fraudava concurso

AGÊNCIA O GLOBO A operação para desmontar uma quadrilha que fraudava concursos públicos já prendeu 80 pessoas: 67 em Brasília, nove em Cuiabá (MT), três em Salvador e um em Valparaíso (GO). Ao todo, a Justiça decretou a prisão de 104 pessoas. De acordo com as investigações, 12 concursos teriam sido fraudados nos últimos 12 anos. O esquema tem ramificações no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, no Centro de Seleção e de Promoção da Universidade de Brasília (Cespe), na Polícia Civil de Brasília e na Polícia Militar do Distrito Federal. O chefe da quadrilha seria Hélio Garcia Ortiz, técnico judiciário do Tribunal de Justiça do DF, que está foragido. Das 23 pessoas que integram o núcleo central da quadrilha, 17 já estão presas. O esquema começou a ser desbaratado no último domingo, quando 48 foram detidas no Distrito Federal e nove no Mato Grosso. Entre os presos estavam 16 servidores do Tribunal de Justiça do DF, dois policiais civis de Brasília e candidatos que faziam prova para agente penitenciário. Mais de 50 mil candidatos disputavam as 368 vagas oferecidas. As prisões começaram uma hora depois do início do exame. O Ministério da Justiça informou que está analisando se vai cancelar o concurso. vendas de gabaritos Segundo a Polícia Civil do DF, a quadrilha vendia gabaritos de concursos ou mesmo a inclusão dos nomes dos interessados na lista de aprovados por até R$ 30 mil. Muitos candidatos beneficiados pelo esquema hoje ocupam cargos de chefia no serviço público. As investigações começaram no final do ano passado. Em pelo menos um concurso, de 2003, as irregularidades já foram confirmadas. Era uma quadrilha organizada. O principal ponto deles era fraudar os concursos públicos. As prisões continuam e nós estamos atrás do líder da quadrilha, que é o Hélio Ortiz, disse o chefe da Polícia Civil do Distrito Federal, Laerte Bessa.