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Presidente tenta atrair investimentos

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FOLHAPRESS ?Vamos recuperar o tempo perdido no aprimoramento e na revitalização das relações do Japão com o Brasil?, pediu ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a cerca de 700 empresários japoneses e brasileiros, no discurso que marcou sua despedida da capital japonesa. Lula encerrou o seminário ?Brasil-Japão - Oportunidades de Investimento, Comércio e Turismo? com um discurso de cerca de meia hora, em que repetiu o convite aos investimentos no Brasil e reiterou seu compromisso com as políticas de estabilização da economia: ?Não tomaremos nenhuma atitude que possa significar tornar a economia brasileira vulnerável e nem tampouco nenhuma medida populista, que muitas vezes serve para eleger um candidato, mas afunda o Brasil em anos e anos de recessão?. O presidente também criticou brasileiros que, segundo ele, ocupam posição de destaque, mas não dão a devida ?dimensão? ao Brasil: ?Lamentavelmente, no meu País, tem muita gente que, embora tendo cargos importantes, pensa pequeno, não pensa grande e não dá dimensão de grandeza para o que o Brasil representa no mundo de hoje?. Lula lembrou que, há pouco tempo, a possibilidade de o Brasil romper a barreira dos US$ 100 bilhões exportados era objeto dessa descrença. Ele também lembrou resultados que considera positivos da economia em seu governo, como o maior crescimento da indústria em 18 anos e a geração média de 127 mil empregos por mês, contra 8 mil mensais em anos anteriores. EXPOSIÇÃO Elogios ao turismo e às mulheres do Brasil. Assim foi a passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por estação de metrô em Tóquio. O passeio foi para visitar exposição de fotos de paisagens brasileiras numa composição de seis vagões. Ao fim de sua visita, Lula falou com funcionários da empresa que controla parte do sistema metroviário de Tóquio. As fotos estavam dentro dos vagões e no formato de grandes painéis em corredores da estação. O presidente apontou uma imagem dos Lençóis Maranhenses e perguntou a dois metroviários se gostavam da paisagem (conjunto de dunas no litoral daquele Estado). Por meio da intérprete que o acompanhava, Lula ouviu: ?Maravilhosa??. O painel com os Lençóis Maranhense mostrava, no canto inferior esquerdo, um detalhe com duas moças de costas e em trajes de praia. O presidente olhou e concluiu: ?Além disso, tem as mulheres??. Antes, Lula havia conversado com uma mulher que trabalha para a Tokyo Metro. Perguntou se era casada. Não era. ?Quando casar, peça ao seu marido para levar você para passar a lua-de-mel em Foz do Iguaçu??, sugeriu, mostrando uma imagem das quedas localizadas na fronteira com a Argentina e o Paraguai. A exposição de fotos vai permanecer até o final de maio nos seis vagões da linha Ginza. Cerca de 20 mil pessoas por dia usam essa composição. ### Lula diz que vai defender Japão contra preconceito Ao final de seu discurso em um seminário com empresários japoneses e brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai defender o Japão contra o ?preconceito? nas discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU. ?O Brasil trabalhará com muito carinho para que não haja preconceito, não apenas contra o Brasil, mas que não haja preconceito contra o Japão porque participou de uma guerra?, disse Lula. Ele repetiu no evento a demanda de que Alemanha, Japão, Índia, Brasil e um representante do continente africano tenham assentos permanentes no órgão. Antes, em comunicado divulgado após encontro entre Lula e o primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, os dois líderes reiteraram que vão apoiar mutuamente suas candidaturas para um assento permanente no Conselho de Segurança. Eles disseram também que vão acelerar os esforços para a adoção, até setembro, da resolução ?amplamente flexível? apresentada pelos dois países, junto com Alemanha e Índia. Na quinta-feira, Lula havia dito que a reforma da ONU é ?inadiável? e que é natural que os dois países lutem juntos por esse objetivo. A declaração foi feita durante discurso no Parlamento do Japão. Lula arrancou aplausos dos parlamentares ao reforçar o apoio à ?democratização? do Conselho de Segurança - a exemplo do Brasil, o Japão também está pleiteando uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. ?Todos devem compreender que um Conselho de Segurança que não reflita a atual realidade, que não assegure representação adequada a países em desenvolvimento, terá sua legitimidade contestada em detrimento do multilateralismo que queremos reforçar?, disse o presidente. Lula aproveitou para parabenizar o empenho do governo do primeiro-ministro Junichiro Koizumi pelo diálogo e o envolvimento japonês para reduzir as tensões entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul. ?O Brasil tem procurado dar sua contribuição à paz e à harmonia?, disse o presidente.

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