Nacional
Acordo adia vota��o da MP 242

FOLHA ONLINE Brasília Devido a um acordo entre as lideranças partidárias da Câmara, foi adiada para a próxima semana a votação da Medida Provisória 242 que trata de mudanças nos cálculos dos benefícios previdenciários. Como a principal MP em pauta não foi votada, os demais itens também foram adiados. Isto significa que na prática a Câmara viveu mais uma semana sem votações. Além da votação da MP 242 estavam previstas mais três votações de MPs e de dois projetos com urgência constitucional. A votação foi adiada porque o relator da MP 242, deputado Henrique Fontana (PT-RS), apresentou um projeto de conversão que modificou integralmente a proposta do governo. Fontana manteve a mudança de cálculo apenas para a concessão do auxílio-doença, que passará a ser computado pela média dos últimos 12 salários de contribuição corrigidos do trabalhador. Atualmente, são considerados 80% dos maiores salários. A proposta original do governo era o cálculo pela média dos últimos 36 meses. Segundo o relator, a lógica dessa opção de cálculo pretende fazer com que o auxílio, cuja natureza é temporária, traduza a realidade da remuneração atual do trabalhador adoentado. Quanto aos benefícios concedidos de acordo com as regras do texto original da Medida Provisória, ele disse que acrescentou um artigo no projeto de lei de conversão determinando a revisão automática dos mesmos a fim de evitar prejuízos ao trabalhador requerente. Não podemos votar sem ler. Não queremos obstruir. Temos apenas que ler o texto, declarou o líder tucano na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP). O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), lamentou mais um dia de falta de votações e disse esperar que, na terça-feira, a pauta possa ser desobstruída. A Câmara não pode continuar parada, é lamentável termos de ficar dias e dias sem a Casa funcionar em toda a sua plenitude.