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Escolha de presidente e relator � adiada

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FOLHAPRESS Brasília A pedido do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), foi transferida para hoje, às 14h30, a reunião que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios realizaria ontem à noite para definir os postos-chave da Comissão, a presidência e a relatoria.Aloizio Mercadante argumentou que o plenário do Senado está analisando medida provisória que cria a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Caso a MP não fosse aprovada ainda ontem, seus efeitos serão suspensos, uma vez que já foi reeditada. Segundo o líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN), Mercadante também colocou a ele e ao líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) a possibilidade de o governo aceitar o nome do senador César Borges (PFL-BA) para a relatoria ou presidência da comissão. Borges foi indicado pelo bloco PFL-PSDB, com apoio do PDT. Sem candidatura Apesar da informação do líder do PFL no Senado, Agripino Maia, o líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS), retirou sua candidatura à presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios numa manobra, segundo Delcídio, que tem o objetivo é “zerar o jogo” e abrir caminho para que o bloco da oposição PFL-PSDB também retire a indicação do senador César Borges (PFL-BA), de modo a chegar a um acordo até as 14h30 de hoje, quando a CPI se reúne para eleger o presidente e vice-presidente. Solução negociada “É importante buscar uma solução negociada. O ambiente leva a gente a refletir sobre esta tese”, afirmou Delcídio. O líder petista disse que é contra a elaboração de “uma chapa branca” que dê a relatoria e a presidência da comissão ao PT e ao PMDB. “Se conseguirmos estabelecer claramente as regras, sistemática de funcionamento, teremos condições de criar uma Comissão Parlamentar inteligente, capaz de trazer os resultados que a opinião pública exige”, afirmou o senador. Delcídio Amaral conversou durante alguns minutos com César Borges tentando “zerar o jogo” para governistas e oposição e retomar as negociações em torno da presidência e da relatoria da CPI. “Conversei com o César Borges para que ambos retirássemos as candidaturas. Aí fica mais fácil”, argumentou Delcídio. ### CPI do Mensalão deve ser instalada Enquanto a CPI dos Correios enfrenta seguidos entraves políticos, a CPI do Mensalão ganha espaço e pode se concretizar na próxima semana. Ontem, PPS, PV e PDT protocolaram o requerimento pedindo a investigação do suposto pagamento de mesada do PT para deputados aliados com a conhecimento de ministros, conforme denúncia do presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson, à Folha de S.Paulo no dia 6. O presidente do Senado, Renan Calheiros, deu apoio imediato à nova CPI, afirmou que o pedido preenche todos os requisitos regimentais e prometeu estimular a instalação, seguindo o mesmo calendário da CPI dos Correios. Com isso, a expectativa é de que a CPI do Mensalão seja criada em sessão do Congresso já na próxima semana. “Vou estimular a instalação. O que não pode acontecer é ficar sem investigação, a sociedade não nos perdoaria. E a investigação tem que ser profunda, para separar na prática os bons dos maus’’, disse Renan. O requerimento contava com as assinaturas de 205 deputados e 41 senadores, ainda não conferidas pelo Congresso. O apoio mínimo necessário é de 171 deputados e 27 senadores. Nomes podem ser acrescidos e retirados até meia-noite do dia da leitura e criação da CPI. Antes disso, haverá uma reunião de líderes partidários para acertar o possível funcionamento de duas CPIs. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que chefiou a coleta de assinaturas, considera que a nova CPI tem mais legitimidade por estar desvinculada da guerra frontal entre governistas e PFL-PSDB e avalia que é necessária uma salvaguarda de investigação devido aos problemas de funcionamento da CPI dos Correios. O requerimento apresentado ontem foca na identificação dos “maus’’ parlamentares, que teriam recebido o mensalão. Porém, cita a necessidade de investigar os supostos envolvidos no esquema, citando o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e “autoridade de alto escalão do governo’’, o que inclui o conhecimento e falta de providências do presidente Lula, segundo a acusação. “É fundamental separar o joio do trigo, mas também queremos saber a origem, as fontes e o trânsito do mensalão’’, disse o tucano Alberto Goldman (SP).

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