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Esquema � confirmado por 3 auditores

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Janaina Lage Folhapress O procurador federal Fábio Aragão afirmou ontem que mais três auditores confirmaram a existência de um esquema de propina em que a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pagaria mensalidade a integrantes do governo federal. A Firjan convocou a imprensa e negou as acusações. Segundo Aragão, a auditora Maria Teresa Alves, que aparece conversando com Maria Auxiliadora na gravação apresentada na segunda no “Jornal Nacional”, o marido de Maria Teresa, Francisco Santos Alves, e uma terceira pessoa que ainda vai depor, confirmaram o esquema. O vice-presidente da Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, afirmou ter recebido a notícia com surpresa. “A Firjan recebe a informação com surpresa porque teve contato com o procurador ao longo do mês de maio. Todas as informações que vieram do procurador seriam sempre na linha de que esta senhora [a presidente do Sincera, Maria Auxiliadora de Vasconcellos] teria ouvido dizer”, afirmou. Segundo o vice-presidente do Centro Industrial do Rio de Janeiro (Cirj), João Lagoeiro Barbará, as denúncias são “fantasiosas e delirantes”. “Era impossível que houvesse um contrato como a senhora Maria Auxiliadora entre a Firjan e a fiscalização do INSS. Ainda mais um contrato que viria do governo Fernando Henrique e que atravessou incólume essa transição bastante drástica do PSDB para o PT”, afirmou. Desde maio, quando surgiram as denúncias sobre um suposto esquema de “caixinha” na Firjan, a federação realizou uma auditoria externa e entregou a conclusão do trabalho ao Ministério Público Federal. A auditoria, no entanto, se limitou a verificar se havia algum tipo de contrato formal entre o Sincera e a Firjan. Reportagem divulgada na noite da última segunda-feira no Jornal Nacional mostrou uma gravação de uma conversa telefônica entre as auditoras fiscais Maria Auxiliar de Vasconcellos e Maria Teresa Alves. A primeira foi presa em maio após denúncia de um suposto esquema de “caixinha” na Firjan, que reunia as empresas que optavam por pagar propina para evitar a cobrança de impostos. Maria Auxiliadora afirma em conversa gravada em agosto de 2004 que José Dirceu, à época ministro da Casa Civil, e o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, recebiam uma mensalidade da Firjan em troca de omissão da Previdência. ### MP rebate Firjan; Jucá se defende O Ministério Público Federal contestou um dos itens da nota oficial divulgada ontem pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). No texto, a federação afirma que “em reunião recente do corpo jurídico do Sistema Firjan com o procurador Fábio Aragão, o mesmo afirmou sua convicção que o Sistema Firjan e seus dirigentes não têm qualquer relação com o assunto citado, bem como reafirmou a sua convicção de que o nome da Firjan foi usado indevidamente por pessoas em benefícios pessoais”. “Em momento algum o procurador da República afirmou tal convicção, uma vez que o processo ainda está em curso e indícios de crimes podem surgir durante as investigações”, afirma a nota. O Ministério Público afirma que na nota assinada em conjunto se restringiu a dizer que serão feitas as investigações de indícios existentes, ou que viessem a aparecer. Defesa de Jucá Ao comentar as denúncias de existência de um esquema de corrupção envolvendo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o PT e o INSS, o ministro da Previdência, Romero Jucá, disse ontem que as acusações são referentes a um período anterior à sua gestão e garantiu que atualmente os 70% maiores contribuintes de todos os estados, inclusive o Rio, são fiscalizados. Ele lembrou que há uma força-tarefa no Rio para analisar irregularidades no INSS. “Os 70% maiores contribuintes de cada Estado são acompanhados. Quando sai do padrão, recebe um fiscal na porta. Essas denúncias se reportam ao ano passado e temos que ver se são verídicas. A partir de março, quando assumi, não há nenhum tipo de cobrança. O Ministério Público e o Tribunal de Contas da União têm sido parceiros do Ministério da Previdência”, disse Romero Jucá, que voltará ao Senado porque será candidato em 2006. O suposto esquema de corrupção está sendo investigado pelo Ministério Público federal. O principal personagem da denúncia é a auditora fiscal do INSS, Maria Auxiliadora de Vasconcelos, que era presidente de um sindicato de auditores e foi presa em maio de 2005 acusada de participar de um esquema de extorsão de empresários em troca de um perdão fraudulento das dívidas.

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