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CPI quebra sigilo de fundos de pens�o

| FOLHAPRESS Brasília A CPI dos Correios aprovou ontem a quebra de sigilo das movimentações financeiras e aplicações de três dos maiores fundos de pensão do País - Funcef (Caixa Econômica), Petros (Petrobras) e Geap (servidores federais ) - no Banco Rural e no BMG. A medida deve ser estendida, em nova votação hoje, para outras oito entidades de previdência. O Banco Rural e o BMG teriam emprestado R$ 55 milhões para o publicitário Marcos Valério de Souza, que foram repassados para o PT. A oposição desconfia que esses recursos podem ter saído dos fundos de pensão e de contratos públicos superfaturados. Os bancos, por sua vez, teriam simulado os empréstimos, o que é negado pelas instituições. Na sessão de ontem da CPI também foi aprovada a convocação do doleiro Dário Messer, que operaria para o PT, segundo o doleiro Antonio Claramunt, o Toninho da Barcelona; do funcionário da casa de câmbio Barcelona Tour, Marcelo Viana; e da cambista Nelma Cunha, da Havaí Câmbio e Turismo, de Santo André (SP). A proposta da oposição é ouvir na próxima semana os proprietários da corretora Bônus-Banval e da empresa Guaranhuns. Na próxima seria ouvido Toninho, depois o ex-ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) e o banqueiro Daniel Dantas. Na última seria a vez do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). Já os governistas propõem que na próxima semana sejam ouvidos o ex-diretor de Operações dos Correios Maurício Madureira, o ex-funcionário da estatal Maurício Marinho e o ex-presidente Hassan Gebrin.