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Severino reconhece que se excedeu

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Fábio Zanini Folhapress Brasília - No dia seguinte a uma das maiores trocas de ofensas do ano na Câmara dos Deputados, o presidente Severino Cavalcanti (PP-PE) tratou do assunto com ironia, classificando o bate-boca de “excelente”. Apesar disso, Severino admitiu, em conversas reservadas, que se excedeu e que foi “inoportuna” sua entrevista à “Folha de S.Paulo” publicada anteontem, quando defendeu penas mais brandas para deputados que usaram caixa dois. “Foi excelente. Eu tenho que ser questionado, porque, sendo questionado, é uma prova de que eu estou vivo”, afirmou, brevemente, na saída do plenário. Em contraste com seu hábito de falar demoradamente com a imprensa, ontem Severino estava lacônico. “Eu não vou falar hoje [ontem] não. Já falei muito”, disse, enquanto assessores e seguranças da Câmara insistiam para que ele caminhasse mais rápido. Mas ele não perdeu a oportunidade de dar mais uma alfinetada no deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), que ontem disse, na frente de Severino, que ele era “um desastre para o Brasil” e que poderia iniciar um movimento para derrubá-lo. “Fui criticado por um tipo como aquele, que hoje está respondendo por isso”, disse o presidente da Câmara, fazendo uma referência ao pedido de cassação de Gabeira por quebra de decoro parlamentar apresentado hoje pelo deputado federal Benedito Dias (PP-AP), um dos mais fiéis aliados de Severino. Após a tensão da tarde de anteontem, o presidente da Câmara conversou com alguns deputados. A um deles, admitiu que não foi uma boa idéia ter expressado opiniões tão polêmicas no atual momento, em que a Câmara está sob pressão da opinião pública. O processo contra Gabeira, segundo Benedito Dias, destina-se a defender a instituição. “É preciso respeitar a imagem do presidente da Câmara, seja ele quem for, independentemente de ser o Severino ou não. O Gabeira se excedeu”, disse. O processo foi encaminhado à Corregedoria da Câmara, mas é um gesto mais político do que prático.

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