loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quarta-feira, 26/03/2025 | Ano | Nº 5931
Maceió, AL
27° Tempo
Home > Nacional

Nacional

Popularidade de Lula cai 9,9 pontos

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

| Cláudia Dianni Folhapress Brasília - A avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o pior nível desde a sua posse, em janeiro de 2003, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. A aprovação do desempenho pessoal do presidente caiu de 59,9% em julho para 50% em setembro. O número de brasileiros que desaprovam o desempenho de Lula aumentou de 30,2% para 39,4%. Considerada a queda dos que aprovam e o aumento dos que desaprovam, o presidente perdeu 19 pontos percentuais desde julho. A pesquisa, realizada entre 6 e 8 de setembro em 194 cidades de 24 Estados, também apontou que, pela primeira vez, o atual governo foi considerado mais corrupto do que o anterior. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Lula continua com uma imagem melhor do que a de seu governo, como ocorre desde que assumiu o cargo, mas o governo também perdeu pontos, embora menos do que o próprio presidente. Em julho 40,3% dos entrevistados avaliaram positivamente o governo e em setembro, 35,8%. Em julho, 37,1% avaliaram o governo como regular e em setembro, 38,2%. O número dos que tem uma avaliação negativa do governo subiu de 20% para 24%. De acordo com o presidente da Sensus e coordenador da pesquisa, Ricardo Guedes, 50% de avaliação pessoal positiva é um ponto crítico para um político. Segundo ele, um candidato com menos de 50% de aprovação na avaliação pessoal tem chances mínimas de se eleger. Outro salto revelado pela pesquisa foi na percepção de corrupção no governo. Considerando os que acham que a corrupção no governo Lula aumentou muito e os que acham que aumentou um pouco, houve um aumento de 14,2% desde julho. Na pesquisa anterior, 20,2% disseram que a corrupção aumentou muito. Desta vez foram 35,9%. Em julho, 26,7% dos entrevistados disseram que a corrupção no atual governo era maior do que no governo de Fernando Henrique Cardoso, mas o número dos que consideravam o governo Lula menos corrupto do que o anterior era maior, 31,4%. Dessa vez os números se inverteram. Em setembro, 48,9% disseram que atualmente a corrupção é maior e 16,8% afirmaram que é menor. A pesquisa também indica que a credibilidade dos parlamentares diminui em comparação com o poder Executivo. Em julho, 21,1% dos entrevistados disseram que a corrupção no Brasil ocorre no Poder Executivo, 12,5% disseram que ocorre mais no Legislativo e 33,3% achavam que ocorre em todos os Poderes. Em setembro 22,6% disseram que a corrupção ocorre mais no Legislativo, 16,1% no Executivo e 33,2% em todos os poderes. Também cresceu de 12% para 13,5% o número de brasileiros que acreditam que os casos de corrupção que têm sido noticiados estão mais vinculados ao presidente Lula. Dos entrevistados 39,1% acreditam que os casos estão mais vinculados ao PT e 24,2% acham que estão mais ligados ao Congresso. Sobre os discursos do presidente, 31% disseram que acreditam no que ele fala, 38,9% que não acreditam e 26% acreditam em parte. Mas a crise política já começa a afetar a confiança na economia. O número dos que confiam na economia brasileira nos próximos seis meses caiu de 45,6% para 41,2% e dos que não confiam aumentou de 46,8% para 48,6%. Para 34,9% a política econômica está no rumo certo. Antes eram 40,2%. De forma geral, o índice de satisfação com o País caiu de 60,75% para 59%. ### Lula atinge maior índice de rejeição O presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu pontos em todas as simulações de primeiro e segundo turno para as eleições do ano que vem, aponta a pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. Foram feitas sete simulações. Apesar de ter perdido pontos, Lula fica à frente de todos os candidatos, mas há a necessidade de ter o segundo turno. Nessas simulações, ele ganha dos candidatos e em apenas um caso dá empate técnico com o atual prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB). Lula atingiu o maior índice de rejeição desde que assumiu o governo, em janeiro de 2003. Entre os entrevistados, 39,3% disseram que não votariam em Lula. Em julho, 30,8% deram essa resposta. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para cima e para baixo. De acordo com o presidente da Sensus, Ricardo Guedes, o presidente atingiu um nível crítico de rejeição. Segundo ele, quando um candidato tem até 35% de rejeição se considera que ele ainda está dentro da disputa. Índices de rejeição entre 35% e 40% são considerados “áreas cinzentas”, ou seja, não são claras as chances do candidato. “Mas índices de rejeição acima de 40% indicam que o candidato está fora do jogo”, disse. O aumento da rejeição de Lula já começou a beneficiar outros possíveis candidatos. Todas as simulações feitas pela pesquisa indicam que haveria segundo turno, se as eleições fossem hoje. Diferente da última pesquisa Datafolha, publicada em agosto, que indicou que o prefeito de São Paulo, José Serra, teria 48% dos votos no segundo turno e Lula, 39%, a pesquisa CNT/Sensus aponta um empate técnico. Lula ficaria com 37,9% dos votos e Serra com 37,5%. Na simulação feita em julho, Lula ficaria com 46,3% e Serra com 32,7%. P-SOL-AL A senadora Heloísa Helena (P-SOL-AL) dobra o número de votos em todas as listas de primeiro turno. Em julho a senadora obtinha entre 2,8% e 3,7% dos votos. Em setembro o resultado da senadora oscilou entre 6,3% e 7,8% dos votos no primeiro turno. Num segundo turno com Lula, os votos da senadora sobem de 11,9% em julho para 21,1% em setembro, enquanto Lula, que ficaria com 57,7% em julho, cai para 45,4% em setembro.

Relacionadas