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Dirceu ataca CPIs e diz que dispensa ajuda de Lula

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Silvio Navarro Luiz Francisco Folhapress Brasília - Em um depoimento marcado pelo tom ofensivo e por críticas às CPIs dos Correios e do Mensalão, e à mídia, o ex-ministro José Dirceu (PT-SP) afirmou ontem no Conselho de Ética da Câmara que “vai se defender sozinho”, “não pedirá nada nem ao seu partido nem ao presidente Lula” e que se considera “a principal vítima” de um processo político voltado para as eleições de 2006. Dirceu voltou ontem ao Conselho de Ética quase dois meses depois do embate com o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor das denúncias do mensalão. Ontem, entretanto, foi ouvido na condição de acusado em um processo que poderá culminar na cassação do seu mandato por quebra do decoro parlamentar. O depoimento começou às 15h e não havia terminado até as 20h de ontem. “Volto ao Conselho de Ética com a mesma serenidade e consciência tranqüila, cada vez mais convencido da minha inocência e cada vez mais convencido que estamos vivendo um processo político no País, que envolve a disputa pelo poder e a sucessão de 2006”, disse ao iniciar sua fala. O ex-chefe da Casa Civil iniciou sua defesa com um discurso de pouco mais de 30 minutos no qual repetiu várias vezes “não haver provas documentais” - tampouco ser réu confesso - que o vinculem ao escândalo do mensalão. Depois, disse que se defenderá sozinho: “Não vou pedir nada nem ao meu partido nem ao presidente Lula, vou me defender sozinho”. Outro ponto da defesa do petista foi que o processo contra ele, de autoria do PTB, deveria ter sido interrompido uma vez que o partido pediu a retirada da representação. O pedido de retirada do processo feito pelo PTB foi negado pelo Conselho de Ética. Ontem, Dirceu recorreu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra a decisão do Conselho e prometeu “recorrer aos tribunais do País” caso a comissão também rejeite sua solicitação. No ofício à CCJ, Dirceu classifica a decisão do Conselho como “uma afronta à norma regimental”. Dirceu também reafirmou estar enfrentando “um julgamento político” e que prova disso, segundo ele, “é o fato de o senador Jorge Bornhausen [presidente do PFL] ter dito que essa raça [PT] tinha de ser varrida do País”. “Na verdade, estou submetido a um linchamento público, do dia para a noite virei chefe de quadrilha, virei bandido”, afirmou.

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