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Nº 5759
Nacional

“Serra � bombardeado pela direita”, diz Freire

Brasília – A candidatura presidencial do tucano José Serra está sendo bombardeada pelos partidos identificados com a direita conservadora. A análise é do presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), que vê reflexos do crescimento dos partidos

Por | Edição do dia 12/05/2002 - Matéria atualizada em 12/05/2002 às 00h00

Brasília – A candidatura presidencial do tucano José Serra está sendo bombardeada pelos partidos identificados com a direita conservadora. A análise é do presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), que vê reflexos do crescimento dos partidos conservadores na Europa, como a recente vitória de Jacques Chirac para a Presidência da França, na corrida presidencial para suceder Fernando Henrique Cardoso. “A direita nacional, representada pelo PFL, quer um candidato com um perfil mais próximo ao conservadorismo”, disse Freire. “E há um certo assanhamento da direita no mundo que tem reflexos no Brasil”, afirmou. Na avaliação do presidente do PPS, a denúncia de que Gregório Marin, marido de uma prima de Serra, teria se valido do parentesco com o candidato tucano para renegociar dívidas no Banco do Brasil enfraquecem a candidatura do Serra. “Evidentemente o PFL e os setores do PSDB que não querem a candidatura de Serra estão se aproveitando disso”, observou Freire, ao lembrar que há setores do PSDB que preferiam uma coligação com o PFL e não com o PMDB. “As denúncias envolvendo o Serra acabam fragilizando a sua candidatura”, emendou. O presidente do PPS argumentou ainda que Serra, apesar de ser o candidato apoiado pelo governo federal, não consegue unificar os partidos em torno de seu nome. “O PMDB adiou mais uma vez o anúncio do vice na chapa do Serra, que não consegue fechar uma aliança”, disse. Repúdio mineiro Em Minas Gerais, o governador Itamar Franco (PMDB-MG), pela terceira vez na semana, voltou à carga contra José Serra e tenta agora uma espécie de cruzada mineira contra o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, buscando transformar uma crítica à sua gestão em um ataque aos mineiros. Sexta-feira à noite ele não ficou sozinho na sua reação. Recebeu o apoio público de Fernando Pimentel (PT), prefeito em exercício de Belo Horizonte e um dos elaboradores do programa econômico do virtual candidato petista à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois disseram que a população do Estado, que tem 12,3 milhões de eleitores, saberá responder ao tucano as críticas que ele fez no programa regional do PSDB, exibido em rede de TV na noite da última segunda-feira. Itamar, que chamou o tucano de “pretenso candidato à Presidência”, pregou o voto anti-Serra “com o coração”.

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