loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quinta-feira, 20/03/2025 | Ano | Nº 5927
Maceió, AL
26° Tempo
Home > Nacional

Nacional

Relator busca desvio em minist�rios

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

| Fernanda Krakovics Folhapress Brasília - Depois de afirmar ter identificado R$ 10 milhões do Banco do Brasil supostamente desviados para o esquema do mensalão, o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que investiga agora se o mesmo aconteceu na Eletronorte, nos Correios e nos ministérios do Trabalho e dos Esportes. “Isso que aconteceu no Banco do Brasil é corrupção e peculato, ou seja, apropriação do dinheiro público”, disse Serraglio, ao anunciar a intenção de centrar foco nos outros órgãos públicos. As empresas do publicitário Marcos Valério de Souza possuíam contratos em todos esses lugares. Ainda de acordo com Serraglio, a CPI também está investigando se o ex-ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) tem responsabilidade no episódio. A Secom, que era comandada por Gushiken, supervisionava os contratos de publicidade das estatais e dos ministérios. Por meio de sua assessoria de imprensa, o ministro negou relação com o caso. “As ações de marketing e de comunicação da Visanet, uma empresa privada, formada por um pool de bancos, não passam pela Secom. A Visanet não é órgão do governo federal e, mesmo que o fosse, não é responsabilidade da Secom gerir ou tomar decisões sobre investimentos e recursos de entidades ou empresas estatais”, disse Gushiken, ontem chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência. O relator da CPI divulgou anteontem os primeiros documentos obtidos pela comissão que desmontariam a versão, sustentada por Valério e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, de que empréstimos bancários no BMG e no Rural sustentaram os pagamentos a políticos aliados. A origem do dinheiro desviado, segundo a CPI, são cotas do Banco do Brasil no Fundo de Incentivo da Visanet. Esse não seria o único desfalque dado por Valério no BB. Nos últimos cinco anos, cinco agências de publicidade, incluindo a DNA, teriam provocado um prejuízo total estimado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) em R$ 94,3 milhões. O valor resultaria da falta de repasse da chamada bonificação de volume, espécie de desconto tradicionalmente concedido pelos fornecedores de serviços das agências. Na próxima quinta-feira a CPI deve apresentar um relatório parcial sobre a movimentação financeira de Valério. Nesse documento, o sub-relator Gustavo Fruet (PSDB-PR) sugere o indiciamento do publicitário por crime contra o sistema financeiro. A pena prevista é um a quatro anos de prisão, além de multa. A conclusão do parecer de Fruet é que os empréstimos bancários no BMG e no Rural foram de fachada. O relatório de Fruet lista, em tópicos, as contas de Valério em diversos bancos, dados contábeis de suas empresas, além das garantias dadas para a obtenção dos empréstimos.

Relacionadas