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Filho sueco de Garrincha chega ao RJ

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| Talita Figueiredo Folhapress Rio de Janeiro - Não são só as pernas tortas que lembram seu pai. Filho de Mané Garrincha (1933-1983), o sueco Ulf Lindberg, 45, desembarcou ontem no Rio para participar de documentário sobre o pai, que ele não conheceu. De Halmstads, Ulf trouxe o filho Martin, 16, para conhecer sua grande família. O filme é produzido por suecos. Será lançado na Copa de 2006. Ulf nasceu do romance de Garrincha com uma camareira. Em 1959, o ponta-direita atuou pelo Botafogo na Suécia. ?Lá, conheceu a mãe de Ulf. Não deu outra, marcou um gol?, diz o diretor do documentário, Lasse Westman. Em 1998, Ulf fez teste de DNA que confirmou a paternidade. A camareira deu a criança para adoção. Ulf foi adotado com nove meses. ?Soube que era filho do Garrincha pelos meus pais adotivos com sete ou oito anos. Eles haviam sido informados na adoção: era o único menino de pele morena na cidade?, lembrou Ulf. A chance de conhecer o pai veio em 1977, quando um jornal sueco divulgou que Garrincha procurava o filho. ?Fui convidado para ir, no ano seguinte, à Argentina, onde ele participaria de programa de TV. A viagem acabou não acontecendo. Ele já estava doente, por causa da bebida. Sempre perguntava como eu estava e dizia que queria muito me conhecer. Infelizmente não aconteceu. Acho que não estava preparado?. Ulf não viu muitas partidas de futebol do pai, mas já assistiu algumas vezes à final da Copa de 1958. Apesar do amor pelo futebol, Ulf não pode jogar bola com freqüência. Aos dez anos, descobriu que tinha problemas nos joelhos e sentia muita dor. ?Como meu pai [que tinha artrose]?, afirma. O filho de Ulf, no entanto, joga no sueco Halmstads, no meio-campo. No mesmo time, Ulf trabalha duas vezes por semana como treinador da divisão infantil. No dia-a-dia, Ulf bate ponto em seu quiosque de cachorros quentes. É separado, mas tem namorada. Além de Martin, que visita o Brasil, tem mais três filhos. O casal de gêmeos Hendrik e Linea, com 7 anos, e o Junis, de 19. ?Que eu saiba são só esses?, brinca o sueco, como se repetisse o pai, com 14 filhos reconhecidos (dez mulheres e quatro homens). Ulf chegou ao Brasil ontem de manhã e, já no aeroporto, emocionou-se ao ver duas de suas dez irmãs, Márcia e Rosângela. Ao ser indagado sobre a primeira coisa que sentiu ao sair do avião, não titubeou: ?O calor?. Afinal, trocou os 10ºC da Suécia pelos 27ºC do Rio. Depois, falou: ?Senti emoção muito forte, não dá para explicar. Essa podia ser a minha cidade. Já estava preparado para encontrar minha família, mas fiquei muito emocionado. Foi profundo?. No sábado, ele visitará o túmulo do pai e é esperado em peladas e em almoço na casa de uma das irmãs. Museu de futebol Numa parceria entre a Prefeitura de São Paulo, a Fundação Roberto Marinho e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi lançado ontem o projeto do Museu do Futebol, que funcionará no estádio do Pacaembu. O lançamento contou com a participação de Pelé. O investimento no museu, que deverá ser inaugurado em dois anos, será de R$ 25 milhões. O museu vai abrigar relíquias e peças (camisas, bolas, troféus, imagens, narrações) que fizeram a história do futebol no Brasil, além de ser um espaço de entretenimento e cultura.

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