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Assessora do PT deve depor na PF

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| Andréa Michael Folhapress Brasília - A Polícia Federal vai convocar para depor Marice Corrêa de Lima, coordenadora administrativa do PT, apontada como responsável por levar R$ 1 milhão em dinheiro à Coteminas, empresa do vice-presidente José de Alencar. Os policiais querem saber da coordenadora administrativa do PT a origem do dinheiro, que não constaria da contabilidade do partido, conforme afirma a atual direção da legenda. De acordo com nota divulgada anteontem no site da Coteminas, o dinheiro foi recebido como pagamento de uma parcela de uma dívida total de cerca de R$ 12 milhões que o PT contraiu com a empresa nas eleições de 2004. Na ocasião, a empresa forneceu ao partido 2,75 milhões de camisetas, distribuídas nas campanhas eleitorais municipais. O depósito foi feito em dinheiro, em conta bancária da Coteminas no banco Bradesco, no dia 17 de maio deste ano, “imediatamente” depois de Marice levar a quantia à empresa. Os dados relativos à operação constam de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à Procuradoria Geral da República. Conforme o relatório, consta como responsável pelo crédito em favor da Coteminas um dos CNPJs utilizados pelo PT. A Polícia Federal pedirá ao Supremo Tribunal Federal, no qual tramita o inquérito do mensalão, acesso aos sigilos contábeis da Coteminas e do PT. O filho do vice-presidente José Alencar, o presidente da Coteminas, Josué Gomes, reagiu ontem contrariado à relutância do PT em admitir o pagamento de R$ 1 milhão à empresa. Ele chegou a rir quando informado que os dirigentes do partido não reconheciam a transação. “Claro que eles sabiam. Eles que pagaram.” Um tom acima do habitual, o empresário frisou que “suas afirmativas são documentadas”. “Temos todos os documentos que demonstram cada afirmativa que fizemos. O resto é conversa. Não vou ficar em conversa”, afirmou o presidente da Coteminas. Josué alegou que não havia como o PT ignorar o pagamento, porque “a posição atualizada do débito sempre foi informada”. E “qualquer um que fizer uma conta simples vê que R$ 1 milhão estava abatido da dívida. Vamos fazer uma conta grosseira: R$ 11,031 milhão é o valor original da dívida. Coloca um ano de juros, mais ou menos 20%, vai para R$ 13,2 milhões. Você abate R$ 1 milhão, vai para R$ 12,2 milhões [que é o valor atualizado].”

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