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Del�bio diz que R$ 1 mi estava em cofre

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| Felipe Recondo Folhapress Brasília - O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares afirmou ontem à Polícia Federal que guardou durante cerca de sete meses o dinheiro - R$ 1 milhão - pago à Coteminas. Delúbio reafirmou que o recurso teve origem no valerioduto e que não depositou em uma conta bancária porque não era contabilizado. Delúbio esteve na sede da PF ontem à tarde para falar sobre o repasse irregular feito pelo PT à Coteminas, empresa do vice-presidente José Alencar. Ele prestou depoimento por cerca de quatro horas e saiu sem falar com a imprensa. No depoimento, relatou que o dinheiro inicialmente não tinha destino definido e era uma reserva do caixa 2 operado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. A polícia investiga a existência de um segundo caixa 2 do PT. Há ainda a hipótese de que Valério tenha movimentado uma quantia maior do que a declarada. O dinheiro, conforme relato de Delúbio, estaria na cota dos R$ 4,9 milhões da lista de Valério que teve como destino o PT nacional. Ele disse ter decidido repassar o dinheiro à Coteminas, em maio deste ano, porque estava sendo cobrado e sentia-se “compromissado” com a empresa porque já havia recebido o produto - 2,7 milhões de camisetas. Delúbio, no entanto, não deu detalhes sobre como o dinheiro foi entregue na empresa. Revelou apenas que Solange Pereira Oliveira pegou o dinheiro, que por sua vez repassou para Marice Corrêa Lima. As duas serão ouvidas pela PF, mas as datas dos depoimentos ainda não foram agendadas. A Polícia Federal quer agora confrontar as informações para comprovar se de fato o dinheiro tinha origem no valerioduto, e não em um suposto “caixa três”. Em seu depoimento, Delúbio afirmou não ter indicado Roberto Marques, que seria assessor do deputado cassado José Dirceu para sacar dinheiro. O nome de Marques aparece em uma das listas de sacadores das contas de Valério, mas até hoje não ficou comprovada a relação de Dirceu com o saque. O petista sempre negou ter sido seu assessor o beneficiário da transação. Para a PF, há uma contradição entre a declaração de Delúbio, que disse não saber quem é Roberto Marques, e Valério. Em depoimento, o empresário afirmou que o ex-tesoureiro teria indicado Marques para fazer o saque, mas depois pediu para substituí-lo. O ex-tesoureiro também disse desconhecer que Valério fazia remessas para o exterior para pagar Duda Mendonça, responsável pela campanha do presidente Lula em 2002.

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