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Visando elei��es, governo tenta elevar m�nimo

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| Regina Alvarez O Globo Brasília - De olho nas eleições do ano que vem, o governo tenta garantir no orçamento mais recursos para o reajuste do salário-mínimo e dos servidores públicos federais em 2006. O relator do projeto da lei orçamentária, o deputado Carlito Merss (PT-SC), informou na última sexta-feira que trabalha inicialmente com uma proposta de salário-mínimo de R$ 340, mas espera ampliar esse valor. A proposta encaminhada pelo Executivo previa um mínimo de R$ 321, com apenas a correção da inflação. ?Vou iniciar a discussão com R$ 340, que é um número razoável, mas vou lutar para que fique além disso?, afirmou o relator. As projeções da Comissão Mista de Orçamento para o novo valor do mínimo vão de R$ 340 a R$ 400, mas o impacto do reajuste nas contas públicas é que vai definir a escolha do relator. Para um mínimo de R$ 340, será necessário reservar mais R$ 3 bilhões em relação ao que o Executivo já previu para as despesas com o mínimo. Se for para R$ 400, essa despesa extra chegaria a R$ 12,4 bilhões, valor que o próprio relator considera muito elevado. O relator vai destinar mais R$ 3,2 bilhões para os reajustes dos servidores em relação à proposta encaminhada ao Congresso, de forma a garantir a meta de que nenhum servidor receba menos do que 29% de aumento durante os quatro anos do governo Lula. Os servidores devem continuar recebendo reajustes diferenciados. O relator quer atender a o desejo do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva de encerrar o mandato com uma imagem positiva com a categoria. ?Vai ser essa a minha luta. Que pelo menos no nosso governo todos os servidores tenham um reajuste equivalente à inflação (dos quatro anos)?, disse o relator. Para garantir despesas maiores com o mínimo e com o funcionalismo, a comissão conta com uma maior arrecadação de impostos no ano que vem. Na quinta-feira, a Comissão Mista fechou o relatório de receitas, que foram reestimadas em R$ 10 bilhões líquidos além da previsão encaminhada na proposta do Executivo em agosto. As chamadas receitas administradas (impostos e tributos federais) passaram de R$ 350,2 bilhões (estimativa do governo na proposta original) para R$ 361,6 bilhões (nas contas da comissão de orçamento). A diferença bruta chega a R$ 11,3 bilhões. Votação O ministro das relações Institucionais, Jaques Wagner, vai insistir, na próxima semana, no trabalho de aproximação com a oposição para tentar votar o orçamento de 2006 ainda este ano e evitar a convocação extraordinária do Congresso. Wagner já esteve com o PSDB e pretende conversar com o PFL. O périplo do ministro pode ser mais difícil agora, depois que o presidente Lula chamou a oposição de radical e golpista. ?Esqueçam votação de orçamento este ano?, afirmou o líder do PFL, senador José Agripino (RN). ?Cabe ao governo formar maioria e votar?, observou o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC). O maior temor do governo com a convocação é manter aberto um palanque da oposição. Jaques Wagner ouviu claramente do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que essa é a intenção do partido e do PFL. ?Para mim, a convocação é ótima. Quero ter uma tribuna aberta?, disse o tucano ao ministro.

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