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Nº 5822
Nacional

Berzoini minimiza cr�ticas feitas pelo PT

| Isabel Braga O Globo Brasília - O presidente do PT, Ricardo Berzoini, minimizou a resolução do partido, aprovada no sábado, que cobra a redução dos juros e mudança na meta de superávit primário. Berzoini disse que o PT sempre foi acusado de ser atrel

Por | Edição do dia 13/12/2005 - Matéria atualizada em 13/12/2005 às 00h00

| Isabel Braga O Globo Brasília - O presidente do PT, Ricardo Berzoini, minimizou a resolução do partido, aprovada no sábado, que cobra a redução dos juros e mudança na meta de superávit primário. Berzoini disse que o PT sempre foi acusado de ser atrelado demais ao governo e por isso não vê motivo para ser criticado agora, justamente quando cobra queda dos juros e do superávit. “O PT é um partido que tem opiniões e as manifesta. A última nota do partido não se diferencia das demais. Mas nessa de agora a opinião do partido foi explicitada”, afirmou. Segundo Berzoini, o PT sempre defendeu esses pontos de vista, mas agora não vê mais motivo para um ajuste fiscal tão rígido, já que o País não está mais num momento de transição. Disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um País com muitos problemas e foi obrigado a impor uma agenda de transição, com aumento de superávit e juros altos. “Mas muita gente agora acha que a transição já passou”, disse Berzoni. Berzoini elogiou Palocci, dizendo que o ministro teve o mérito de pôr em ordem a economia do País, mas agora a maior parte do PT não vê mais razão para que juros reais de 13% ao ano. Segundo ele, o risco-país está em baixa e é o momento de retomar o crescimento. Berzoini disse ainda que o PT está no seu papel de discutir o programa de governo para 2006. “O PT tem o direito e o dever de fazer essa interlocução para saber qual será o programa para 2006. Ninguém fala em mudar a política econômica, o que queremos é discutir os patamares, juros, superávit”, afirmou. Já o deputado Carlito Merss (PT-SP), relator do Orçamento de 2006, disse que a resolução deixou claro que o partido não pode se confundir com o governo. Ele lembrou que o próprio Lula concorda que o Banco Central exagerou ao manter os juros altos por um período tão longo, o que teve reflexo na retração da economia no terceiro trimestre. “O PT não é o governo, é o partido do presidente do governo, e não pode se confundir com o governo. O que a nota defende é a redução dos juros para o ano que se inicia. E o próprio Lula concorda que o Banco Central exagerou nos juros. Poderíamos estar defendendo agora juros de 16%, mas está difícil porque ainda estamos nos 18%”, afirmou. Carlito Merss disse ainda que a imprensa exagera ao falar da disputa interna entre os ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, sobre a política econômica. Segundo ele, os dois têm razão.

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