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Nº 5822
Nacional

Deputado Ricardo Fi�za morre de c�ncer

| Folhapress São Paulo Morreu ontem o deputado federal Ricardo Fiúza (PP-PE), às 15h, em sua residência no Recife. Segundo a assessoria do PP da Câmara, o parlamentar foi vítima de uma câncer, que o afastou nos últimos meses da atividade legislativa.

Por | Edição do dia 13/12/2005 - Matéria atualizada em 13/12/2005 às 00h00

| Folhapress São Paulo Morreu ontem o deputado federal Ricardo Fiúza (PP-PE), às 15h, em sua residência no Recife. Segundo a assessoria do PP da Câmara, o parlamentar foi vítima de uma câncer, que o afastou nos últimos meses da atividade legislativa. Fiúza deveria ser velado até a meia-noite na Assembléia Legislativa, no centro da capital pernambucana, e será enterrado no cemitério “Morada da Paz”, em Paulista, município da região metropolitana de Recife. Fiúza, 66, estava em sua oitava legislatura - a primeira foi em 1975 - em uma longa carreira no Legislativo interrompida para assumir os ministérios da Ação Social (de janeiro a setembro de 1992) e da Casa Civil, em 1992, durante o governo Collor. O advogado nascido em Fortaleza (CE) teve passagens pelos partidos Arena, PDS, PFL, PPB e PP (novo nome da legenda). Participou da Assembléia Constituinte, como parlamentar do PFL, sendo um dos articuladores do “Centrão”, grupo informal de deputados conservadores que defendia uma Constituição com texto mais enxuto, com quebra de monopólios e menos inclusão de direitos. Foi relator na Câmara do projeto do Código Civil, sancionado em 2002, que introduz inovações como a redução da maioridade civil de 21 para 18 anos, a extensão da guarda dos filhos aos pais - que no texto ainda é prerrogativa apenas das mães e a concessão de maior autonomia às mulheres chefes de família. Com a morte, não haverá votações na Câmara hoje. No entanto, a sessão do plenário será aberta, desde que haja quórum, para contagem do prazo para tramitação do processo do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), marcado para votação no plenário em sessão extraordinária na noite de quarta-feira. Ontem, não houve quórum para abertura da sessão na Câmara. Se não houver sessão na terça, o julgamento de Queiroz não poderá ser realizado na quarta. Alguns parlamentares fizeram homenagens ao deputado. “Fiúza foi um verdadeiro trator na arte de trabalhar e reivindicar para Pernambuco e o Nordeste, tendo se consagrado como um dos maiores defensores das causas do Nordeste”, disse o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), que lembrou o trabalho do deputado na relatoria do novo Código Civil. O líder da minoria do Senado, José Jorge (PFL-PE), lembrou que Fiúza foi um dos “baluartes” na fundação do Centrão, grupo político de centro estruturado na Assembléia Nacional Constituinte. “Graças a ele é que conseguimos que a Constituinte tivesse mais a cara do Brasil”, disse o líder pefelista, referindo-se à força do Centrão na aprovação de mudanças na Constituição.

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