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Nº 5759
Nacional

Oposi��o n�o quer votar or�amento

| AGÊNCIA GLOBO Brasília O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um apelo ontem ao PSDB e ao PFL para que não obstruam a votação do orçamento da União para 2006. Segundo o parlamentar, as questões partidárias devem ser deixadas de lado. “Não é correto de

Por | Edição do dia 13/12/2005 - Matéria atualizada em 13/12/2005 às 00h00

| AGÊNCIA GLOBO Brasília O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um apelo ontem ao PSDB e ao PFL para que não obstruam a votação do orçamento da União para 2006. Segundo o parlamentar, as questões partidárias devem ser deixadas de lado. “Não é correto deixar de votar o orçamento, esta é uma obrigação do Congresso Nacional”, afirmou o parlamentar. O líder da minoria no Senado, José Jorge (PFL-PE), reafirmou a determinação do seu partido de obstruir a votação do orçamento. A oposição quer a manutenção dos trabalhos das comissões parlamentares de inquérito dos Correios e dos Bingos, em janeiro. As declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, no Uruguai, acusando de “golpista” setores da oposição contribuiu, segundo José Jorge, para que “as negociações com a oposição fossem suspensas”. “O governo, se quiser votar o orçamento, que bote sua maioria na Câmara e no Senado, como fazíamos no governo Fernando Henrique Cardoso”, afirmou o líder da minoria. O ex-presidente da República e ex-presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), discorda da postura da oposição de misturar questões políticas com a votação do orçamento da União. “Esta é a principal tarefa do Parlamento. Qualquer divergência política entre governo e oposição não deveria atingir o orçamento”, afirmou. Sarney ressaltou que, ao obstruir a votação do orçamento, os congressistas acabam por abrir mão “de participar, efetivamente, da administração pública”. Hoje, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), vão se reunir para decidir pela autoconvocação ou não do Congresso. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, também fez duras críticas à ameaça de PFL e PSDB de não votar o Orçamento. Indagado se as declarações de Lula teriam ajudado a acirrar os ânimos entre governo e oposição, Berzoini disse que os dois partidos “não têm autoridade moral de acusar ninguém.” Segundo ele, a tática da obstrução é legítima e já foi muito usada pelo PT, mas ela não pode comprometer os interesses do País, como a votação do orçamento. “O orçamento é interesse da nação e, se houver irresponsabilidade, vamos apontar os responsáveis. O PT já praticou esse esporte, ele é legítimo, a tática da obstrução é uma tática de minoria, mas não votar o orçamento seria uma irresponsabilidade porque traz problemas na execução de vários programas voltados ao povo”, afirmou Berzoin, observando que é preciso sentar e conversar para discutir a votação do orçamento. O relator do orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SP), disse que há condições de começar a votar o orçamento esta semana. “Se houver vontade política, podemos votar os dez relatórios pendentes ainda esta semana”.

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