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Nº 5759
Nacional

Brasileiros casaram mais em 2004

| JANAINA LAGE Folha Online Rio de Janeiro - O brasileiro está casando mais, revela a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado foram realizados

Por | Edição do dia 18/12/2005 - Matéria atualizada em 18/12/2005 às 00h00

| JANAINA LAGE Folha Online Rio de Janeiro - O brasileiro está casando mais, revela a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado foram realizados 806.968 casamentos no País, o que representa aumento de 7,7% em relação a 2003 e o maior número de casamentos já realizados no País em dez anos. Parte dessa corrida dos noivos ao altar foi motivada pela realização de casamentos coletivos em diversas unidades da Federação. Eles são decorrentes de parcerias entre prefeituras, cartórios e igrejas para legalizar as uniões consensuais. Dezembro mês das noivas As chances de dizer “sim” ao matrimônio são maiores entre os solteiros. Do total de casamentos realizados no País, 697.406, o equivalente a 86,4%, tinham ambos os cônjuges solteiros. A pesquisa derruba o mito de que maio é o mês das noivas. Para o brasileiro, casamento é sinônimo de 13º na mão. Há três décadas, dezembro é o mês de maior incidência de cerimônias de casamento. Em 2004, 105.133 casamentos aconteceram em dezembro, enquanto em maio o número ficou em 70.502 uniões. Se em números absolutos o total de casamentos não pára de crescer desde 2001, em relação ao número de habitantes a tendência é de queda. Ao se relacionar o número de casamentos ao total da população em idade de casar obtém-se a chamada taxa de nupcialidade legal. Sob esta base de comparação houve queda nos últimos anos. Em 1994, a taxa estava em 7,2 casamentos para cada mil pessoas com 15 ou mais anos de idade. Em 2004, a taxa foi de 6,2 por mil. No ano de 2002, no entanto, a taxa parou de cair e voltou a subir. Mais tarde Entre as mulheres, a maior taxa de nupcialidade legal ocorreu no grupo etário de 20 a 24 anos, com 29,9 casamentos por mil. Os homens sobem ao altar mais tarde: a maior taxa de nupcialidade ocorre na faixa de 25 a 29 anos, (31,5 casamentos por mil). De forma geral, homens e mulheres estão casando mais tarde. A idade média de casamento das mulheres passou de 24,2 anos para 27 anos entre 1994 e 2004. Entre os homens, de 28,1 anos para 30,4 anos no mesmo período. Em relação a 2003 houve aumento de 88% do número de cônjuges abaixo dos 20 anos, com uma participação de 18,8%. Os idosos com mais de 60 anos foram responsáveis por 3,8%, mais do que o dobro do ano anterior. ### Número de separações caiu no ano passado O número de separações judiciais concedidas em 2004 foi 7,4% menor do que em 2003, revela a pesquisa do IBGE. O resultado interrompe uma trajetória de crescimento gradativo e constante que vinha ocorrendo desde 2000, com leve redução apenas em 2001. Em 2004 ocorreram 93.525 separações judiciais. O resultado é superior ao de 1994, de 84.805 separações. O volume de divórcios caiu 3,7% em relação a 2003. A taxa de separações judiciais por mil habitantes de 20 anos ou mais foi de 0,8 por mil, o que representa uma pequena queda em relação aos anos anteriores. A taxa de divórcio se manteve estabilizada em 1,2 por mil, o que vem ocorrendo desde 1999. A disposição para manter o casamento não foi uniforme em todo o País. Na Região Centro-Oeste, o número de separações judiciais foi 7,1% maior do que em 2003 e o de divórcios cresceu 10,7%. A Região Sul teve alta de 0,4% no número de divórcios. As regiões Sudeste e Norte mostraram as quedas mais expressivas no total de separações, de 12,6% e 3,8%, respectivamente. O número de divórcios no Sudeste caiu 10,5% e no Norte, 2,9%. Segundo o IBGE, o aumento do número de divórcios em relação ao de separações judiciais entre 1994 e 2004 é reflexo da mudança de comportamento da sociedade brasileira, que passou a aceitar o divórcio com maior naturalidade. “Uma explicação possível para essa mudança comportamental está associada ao firme ingresso da mulher no mercado de trabalho, que permitiu uma independência maior do cônjuge feminino, facilitando a dissolução da união”, diz a pesquisa. JL

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