PFL n�o quer PF investigando elei��es
| GLOBO ONLINE Brasília O líder da minoria da Câmara dos Deputados, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse, nesta sexta-feira, que a notícia de que a Polícia Federal vai investigar uso de caixa dois pelos partidos políticos nas eleições de 2006 de
Por | Edição do dia 24/12/2005 - Matéria atualizada em 24/12/2005 às 00h00
| GLOBO ONLINE Brasília O líder da minoria da Câmara dos Deputados, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse, nesta sexta-feira, que a notícia de que a Polícia Federal vai investigar uso de caixa dois pelos partidos políticos nas eleições de 2006 demonstra que o governo Lula quer reinstalar o estado de terror no Brasil. Para Aleluia, essa iniciativa revela a intenção de montar um aparelho policial político, com o objetivo de patrulhar os adversários durante a próxima campanha. Segundo o líder da oposição, fica claro que o governo pretende passar à população a falsa imagem de que todos os partidos agem como o PT, o que, na visão do pefelista, sempre será uma tentativa estéril. Qualquer cidadão sabe que as modernas práticas subversivas, como caixa dois, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, são privilégios do partido que elegeu o presidente Lula enfatizou o parlamentar baiano. ESTRANHEZA Aleluia disse que também estranhou o fato de o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, fazer tais declarações neste momento, quando começa a esquentar a disputa pela Presidência da República. Tivemos um pleito no intervalo das eleições presidenciais, quando a promiscuidade das relações do PT com o PL, o PTB e o PP alcançou grande proporção, tornando-se incontrolável. Tão avassaladora, que nem mesmo os mecanismos internos de defesa do governo e o esforço dos seus aliados no Congresso foram capazes de deter. Não será agora, oficializando a patrulha política, que o presidente conseguirá conter os escândalos envolvendo a sua legenda, acrescentou o pefelista baiano. POLÍCIA FEDERAL O deputado José Carlos Aleluia afirmou que a participação da Polícia Federal no processo, como agente investigador de caixa dois nos partidos políticos, só poderá ocorrer, subordinada à jurisdição da Justiça Eleitoral. A esse organismo [a Justiça Eleitoral] cabe a fiscalização do pleito de forma isenta, enfatizou o deputado.