app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5900
Nacional

CPI quer dados sobre conta de Duda

| Mari Tortato Folhapress Curitiba - A CPI dos Correios vai formalizar, hoje, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria-Geral da República, um pedido de informações sobre a segunda conta bancária no exterior relacionada ao publicitário Duda Mendonça. “E

Por | Edição do dia 10/01/2006 - Matéria atualizada em 10/01/2006 às 00h00

| Mari Tortato Folhapress Curitiba - A CPI dos Correios vai formalizar, hoje, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria-Geral da República, um pedido de informações sobre a segunda conta bancária no exterior relacionada ao publicitário Duda Mendonça. “Essa história é relevante e a CPI não sabia de nada’’, disse o sub-relator de movimentação financeira da comissão, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). “Uma das restrições alegadas para não liberar os documentos da conta Dusseldorf à CPI foi o risco de vazamento de informações sigilosas. A ironia é ler o assunto [na imprensa] sem que a CPI tivesse o mínimo de informação sobre ele’’, afirmou Fruet. Segundo o deputado, o pedido formal não tem necessidade de aprovação por todos da CPI. “Vamos fazer diretamente.’’ A revista Veja desta semana trouxe reportagem sobre o bloqueio de uma nova conta no exterior relacionada ao marqueteiro da campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Segundo a reportagem, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos bloqueou temporariamente a conta em um banco supostamente de Miami, quando a filha de Duda, Eduarda, também publicitária, tentou fazer um saque. “Por um lado, essa conta pode ser mais um problema [de ordem fiscal] para Duda, mas também pode nos fornecer novas pistas da origem do valerioduto. Precisamos ver se a origem do dinheiro é a mesma e se foram os mesmos doleiros e os mesmos operadores da conta Dusseldorf, ou se é dinheiro de outra campanha’’, disse Fruet. Em um dos depoimentos mais reveladores da CPI dos Correios, em agosto do ano passado, Duda Mendonça disse ter aberto a conta Dusseldorf por orientação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, para receber R$ 10,5 milhões como pagamento da campanha de Lula. O depósito foi feito via valerioduto e o presidente não teria sido envolvido. Duda disse ainda, no depoimento, que não tinha mais nenhuma conta no exterior nem movimentava dinheiro fora da offshore Dusseldorf. O Ministério Público Federal e o Ministério da Justiça conseguiram cópias da movimentação da Dusseldorf com autoridades americanas. Os integrantes da CPI, segundo Fruet, não tiveram acesso aos documentos sob a alegação de risco de vazamento.

Mais matérias
desta edição