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Nº 5759
Nacional

Conselho e CPI juntos contra acord�o

Brasília - Numa reunião entre o presidente da CPI dos Correios, o senador Delcídio Amaral (PT-MT), e o presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), ficou decidido que os dois órgãos vão trabalhar em conjunto como forma de evi

Por | Edição do dia 12/01/2006 - Matéria atualizada em 12/01/2006 às 00h00

Brasília - Numa reunião entre o presidente da CPI dos Correios, o senador Delcídio Amaral (PT-MT), e o presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), ficou decidido que os dois órgãos vão trabalhar em conjunto como forma de evitar o chamado acordão com o objetivo de salvar parlamentares dos processos de cassação. A CPI e o Conselho de Ética vão compartilhar documentos. Segundo o deputado Ricardo Izar, hoje, a CPI enviará alguns documentos solicitados pelo Conselho de Ética. O senador Delcídio Amaral enfatizou a necessidade de dar respostas para evitar a desmoralização do Congresso Nacional. “A CPI vai abastecer o Conselho com toda documentação possível. Vamos ficar muito atentos sobre a possiblidade de acordo. Além disso, é preciso dialogar com as lideranças partidárias para que possamos terminar esse processo de cassação de forma compatível com o que foi apurado. A possibilidade de acordão está repercutindo muito mal e, se isso acontecer, não poderemos mais andar nas ruas. Se não dermos as respostas necessárias, o Congresso Nacional ficará desmoralizado”, disse o senador Delcídio. O deputado Ricardo Izar enfatizou a necessidade do trabalho conjunto também para análise da documentação. “Precisamos fazer um trabalho conjunto de análise de todos os documentos. Qualquer indício de acordo, vamos denunciar, vamos reagir”, disse o deputado. MENSALÃO Dos 11 processos contra deputados envolvidos no escândalo do mensalão, sete deles já têm seu desfecho traçado pelos relatores no Conselho de Ética. A tendência é que seis dos relatórios em fase de conclusão recomendem a cassação por quebra do decoro. Os sete casos considerados mais adiantados, em ordem, são os de Roberto Brant (PFL-MG), Wanderval Santos (PL-SP), Pedro Corrêa (PP-PE), Professor Luizinho (PT-SP), João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP) e Josias Gomes (PT-BA). Dessa lista, apenas o de Josias Gomes não deverá ser encerrado até o fim da convocação extraordinária, que expira em 14 de fevereiro. Nenhum dos sete relatores dos processos citados acima divulgou seu voto até agora, mas, segundo a maioria dos integrantes do conselho, desses sete, só paira dúvidas sobre o caso de Luizinho. Os demais seguirão para o plenário com pedido de cassação. Fundos de pensão Relatório preliminar elaborado pela CPI dos Correios sustenta que 13 fundos de pensão patrocinados por estatais tiveram perda de R$ 75,9 milhões, no período de 2000 a 2005, em negociações com títulos públicos. O documento também cita indícios de irregularidades em operações da Prece, entidade de previdência da Cedae (companhia estadual de saneamento do Rio), em operações com títulos privados e na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros). O sub-relator de fundos de pensão, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), já havia divulgado um relatório no qual apontava perdas de R$ 729 milhões de 14 fundos em operações na BM&F entre 2000 e 2005, e de R$ 54,8 milhões com títulos públicos, mas restritas a sete entidades e somente entre 2003 e 2005. Ontem, o Real Grandeza (Furnas) não foi citado.

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