app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Nacional

CPI aguarda depoimento de Palocci

| Folha Online Brasília O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou ontem que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, deve comparecer nesta semana ou na próxima em sessão da CPI dos Bingos. “Não passa pela minha cabeça se ele vem ou não”, diz

Por | Edição do dia 17/01/2006 - Matéria atualizada em 17/01/2006 às 00h00

| Folha Online Brasília O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou ontem que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, deve comparecer nesta semana ou na próxima em sessão da CPI dos Bingos. “Não passa pela minha cabeça se ele vem ou não”, diz o senador. Segundo ele, o presidente da CPI dos Bingos, Efraim Moraes (PFL-PB), vai ligar para o ministro para combinar o depoimento. Agripino lembrou que o requerimento para a presença do ministro foi aprovado ainda em dezembro. O ministro terá de esclarecer, entre outras coisas, denúncias de corrupção durante o período em que foi prefeito da cidade de Ribeirão Preto (SP) e que dizem respeito a pagamento mensal de propina por parte de alguns empresários. O dinheiro arrecadado, conforme as acusações, era repassado aos cofres do PT para ser usado em futuras campanhas eleitorais. Palocci nega as acusações. A comissão parlamentar não vai ficar restrita ao ministro e deve pedir o indiciamento de Ademirson Ariovaldo da Silva, assessor de Palocci, no relatório do caso GTech a ser lido amanhã. Segundo o relator da comissão, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), existe a suspeita de tráfico de influência. Ademirson trocou vários telefonemas com o advogado Rogério Buratti, acusado de pedir propina à GTech na época da renovação do contrato da multinacional com a Caixa Econômica Federal. Buratti diz que a multinacional ofereceu R$ 16 milhões ao caixa 2 do PT. DESAFETO DE LULA A CPI dos Bingos ressuscita hoje, com o depoimento do economista Paulo de Tarso Venceslau, a investigação de um suposto esquema de caixa 2 do PT, envolvendo prefeituras, denunciado em maio de 1997. Expulso do PT no início de 1998 depois de ter feito a acusação, Venceslau é um desafeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem, o economista disse que o esquema continua impune e foi esquecido pela imprensa. Segundo ele, é o momento da CPI retomar o caso. Na época das acusações, Lula depôs na comissão de ética que apurava as acusações feitas por Venceslau. O economista foi secretário na administração do PT em 1993, na Prefeitura de São José dos Campos (SP), e afirmou ter comunicado o esquema à direção do PT e a Lula, por meio de carta.

Mais matérias
desta edição