Ex-diretor diz que Casa Civil pediu reuni�o
| Conrado Corsalette Folhapress Brasília - Ex-diretor financeiro do Nucleos (fundo de pensão de estatais nucleares), Gildásio Amado Filho admitiu, ontem, em depoimento à CPI dos Correios, ter recebido um representante de uma gestora de recursos a pedido
Por | Edição do dia 25/01/2006 - Matéria atualizada em 25/01/2006 às 00h00
| Conrado Corsalette Folhapress Brasília - Ex-diretor financeiro do Nucleos (fundo de pensão de estatais nucleares), Gildásio Amado Filho admitiu, ontem, em depoimento à CPI dos Correios, ter recebido um representante de uma gestora de recursos a pedido do ex-assessor da Casa Civil e ex-secretário de Comunicação do PT, Marcelo Sereno. Mas ele ressaltou que, apesar de a audiência ter ocorrido, nenhum negócio foi fechado. A Comissão investiga a suposta ligação entre ganhos de corretoras de valores contra fundos de pensão patrocinados por estatais e o esquema de caixa 2 de partidos. Integrantes da comissão apuram ainda a influência do governo e do PT nas decisões sobre os investimentos do Nucleos. Amado Filho também admitiu que, em outubro de 2004, recebeu um recado, escrito num bilhete por sua secretária, no qual havia uma solicitação para que ele atendesse a Fernando de Barros Teixeira, representante da ASM Asset Management, uma gestora de recursos. O autor do recado era o ex-assessor da Casa Civil. Estranhei muito, nunca despachei dessa forma, disse ontem o ex-diretor financeiro do fundo de pensão. Ele justificou o fato de ter atendido ao pedido. Atenderia a qualquer pedido de um representante do governo brasileiro. O ex-diretor disse que já esteve pessoalmente com Sereno duas vezes, mas negou ter qualquer relação com ele. O ex-assessor da Casa Civil deve ser ouvido nos próximos dias pela Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios.