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Nº 5759
Nacional

Relat�rio deve ser lido no dia 14

| Maria Lima O Globo Brasília - Em depoimento no Conselho de Ética da Câmara, ontem, o deputado José Mentor (PT-SP) reclamou do excesso de perguntas sobre a CPI do Banestado, da qual foi relator. Ele ressaltou que não está sendo acusado por nada relacio

Por | Edição do dia 03/02/2006 - Matéria atualizada em 03/02/2006 às 00h00

| Maria Lima O Globo Brasília - Em depoimento no Conselho de Ética da Câmara, ontem, o deputado José Mentor (PT-SP) reclamou do excesso de perguntas sobre a CPI do Banestado, da qual foi relator. Ele ressaltou que não está sendo acusado por nada relacionado àquela CPI, mas pelos R$ 120 mil recebidos do advogado Rogério Tolentino, sócio do empresário Marcos Valério na empresa 2S Participações. Ao fim da sessão, o relator do processo, Edmar Moreira (PFL-MG), avisou que vai encerrar a fase de investigação no próximo dia 9 e deverá ler seu parecer no dia 14 de fevereiro. Edmar Moreira avisou que vai desconsiderar qualquer resposta de Mentor relativa à CPI do Banestado, uma vez que não é esse o objeto da representação contra ele. Mas advertiu que levará em conta o fato específico de que o deputado recebeu os R$ 120 mil enquanto era relator. Mentor voltou a afirmar que recebeu os recursos de Tolentino como pessoa jurídica, em razão de três pareceres elaborados por seu escritório de advocacia. Segundo ele, a prova de que não foram para benefício próprio é a existência de notas fiscais e comprovante de recolhimento de impostos. O deputado também lembrou que conheceu Valério em outubro de 2003 e disse que no encontro apenas discutiram a campanha municipal de 2004. O petista responde a processo de cassação por quebra de decoro. Mentor foi citado no relatório preliminar das CPIs dos Correios e do Mensalão (já encerrada) como beneficiário de recursos do chamado valerioduto. Como estratégia de defesa, Mentor enviou na tarde desta quinta ao Conselho de Ética uma série de documentos para serem juntados ao processo, entre eles um manifesto de apoio com 10.760 assinaturas de parlamentares, prefeitos, empresários e cidadãos comuns. O deputado incluiu também cartas de escritórios de advocacia com os quais trabalhou atestando a idoneidade de seu escritório e informando que nunca houve problemas com pagamentos de honorários. O relator Edmar Moreira reclamou das críticas a sua ausência nos dois dias de votação do pedido de cassação do presidente do PP, Pedro Corrêa. Por ser amigo de Corrêa, Edmar preferiu se ausentar e deixar no seu lugar o suplente José Carlos Araújo (PL-BA), que assumiu o ônus de votar contra a cassação, a pedido da direção de seu partido. “O interessante é que em geral, quando a gente é visto, falam da gente. Eu não estive aqui esses dois dias e também fui lembrado”, protestou Edmar.

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