STF garante salvo-conduto a empres�rio
| Folhapress Brasília São Paulo - O empresário do setor de locação de veículos Roberto Carlos da Silva Kurzweil obteve salvo-conduto no Supremo Tribunal Federal para prestar depoimento na condição de investigado na CPI dos Bingos e se abster de respond
Por | Edição do dia 07/02/2006 - Matéria atualizada em 07/02/2006 às 00h00
| Folhapress Brasília São Paulo - O empresário do setor de locação de veículos Roberto Carlos da Silva Kurzweil obteve salvo-conduto no Supremo Tribunal Federal para prestar depoimento na condição de investigado na CPI dos Bingos e se abster de responder a qualquer questão que implique em auto-incriminação. O depoimento está marcado para hoje na CPI dos Bingos. Kurzweil é dono do veículo que teria transportado de Campinas para São Paulo os dólares vindos de Cuba que supostamente financiaram a campanha presidencial do PT em 2002. Ele também teria intermediado a oferta de R$ 1 milhão que empresários de bingos teriam feito ao PT em troca da legalização da atividade no País. A liminar foi concedida pela ministra Ellen Gracie. A decisão garante a Kurzweil o direito de não assinar o termo de compromisso com a verdade, bem como o de não ser preso. O empresário poderá silenciar diante de perguntas que possam incriminá-lo. As informações são do site do STF. Em sua decisão, a ministra Ellen observou que o empresário deve ser ouvido na condição de investigado. Ressaltou que contra ele já foram aprovados pela mesma CPI dois requerimentos de quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, ambos suspensos por esta Corte, afirmou. Salientou ainda que o entendimento do Supremo é de que as comissões parlamentares de inquérito detêm o poder instrutório das autoridades judiciais, e não maior que o destas. Palocci O relator da CPI dos Bingos, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), afirmou ontem que vai pedir ao empresário Roberto Colnaghi a oficialização das declarações prestadas à imprensa que desmentem a versão apresentada à comissão pelo ministro Antonio Palocci (Fazenda). Aos integrantes da CPI, Palocci disse que usou uma das aeronaves de Colnaghi em viagem para cumprir missões partidárias, mas que o transporte teria sido pago pelo PT. O empresário, no entanto, nega o pagamento, mas confirma a viagem. Palocci viajou no jatinho particular em 2003, quando já fazia parte da equipe do presidente Lula.