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Nº 5759
Nacional

Quadrilha aplicava golpe do caixa 2

| Andréa Michael Folhapress Brasília - A Polícia Federal apreendeu ontem, em 13 locais diferentes, em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, carros, jóias, armas, dinheiro de papel e notas de reais, dólares e euros verdadeiros pertencentes a uma qu

Por | Edição do dia 07/02/2006 - Matéria atualizada em 07/02/2006 às 00h00

| Andréa Michael Folhapress Brasília - A Polícia Federal apreendeu ontem, em 13 locais diferentes, em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, carros, jóias, armas, dinheiro de papel e notas de reais, dólares e euros verdadeiros pertencentes a uma quadrilha que aplicava golpes em empresários dispostos a “comprar” caixa 2 de campanhas políticas. O chamariz para as vítimas estava no lucro. Os falsários ofereciam aos empresários a oportunidade de ganhar três reais para cada um investido. Mas, na hora de fechar o negócio, a mala de dinheiro que a vítima recebia só tinha notas verdadeiras na primeira camada. Todo o restante era recheado com cédulas de papel, até com carimbo de “não tem valor”. O negócio, aparentemente imperdível, era reforçado com o argumento de que o dinheiro frio, recolhido em esquemas de caixa 2, estava em notas seqüenciadas e precisava ser distribuído. Daí oferecer uma taxa de retorno tão grande para a troca do dinheiro com os empresários. Ao abordar a vítima, os irmãos Elias e Getúlio da Silva se apresentavam, com nomes falsos, como assessores de um senador ou deputado chamado Luiz Carlos Guimarães. A ficção encobria, na verdade, Antônio Silvério da Silva. A quadrilha tinha outros cinco integrantes, que atuavam na confecção, transporte e distribuição das notas de papel, bem como na rede de contato com as vítimas. A PF indiciou os oito por formação de quadrilha e estelionato, crimes cujas penas podem chegar a cinco anos de prisão. A PF pediu a prisão preventiva dos oito integrantes à Justiça. O pedido não foi atendido, e o grupo segue em liberdade. Silvério não foi localizado pela PF ontem em Uberlândia, onde mora. Getúlio da Silva acabou sendo preso por porte ilegal de arma e desacato à autoridade. Elias da Silva também foi detido por posse ilegal de arma. A PF tomou o seu depoimento e o pôs em liberdade na tarde de ontem. A PF trabalha com seis casos de fraude confirmada. Outros 23 estão sob investigação. “Precisamos que as vítimas entrem em contato conosco. Está chovendo telefonema. Com essas pistas, vamos chegar a muitos outros casos”, disse o delegado Wesley Almeida, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência da PF em Brasília. Almeida afirma ter indícios de que a quadrilha atuava no Distrito Federal e em pelo menos oito Estados: Goiás, Mato Grosso, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Minas Gerais e São Paulo.

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