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Nº 5759
Nacional

Ministro acusa tucano de pedir R$ 500 mil

| Hudson Corrêa Folhapress Brasília - Em clima de embate eleitoral entre tucanos e petistas na CPI dos Bingos, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) afirmou ontem à reportagem que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) pediu a ele R$ 500 mil

Por | Edição do dia 09/02/2006 - Matéria atualizada em 09/02/2006 às 00h00

| Hudson Corrêa Folhapress Brasília - Em clima de embate eleitoral entre tucanos e petistas na CPI dos Bingos, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) afirmou ontem à reportagem que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) pediu a ele R$ 500 mil em troca de apoio à reeleição do prefeito de Londrina (PR), Nedson Micheleti (PT), em outubro de 2004. Na versão de Hauly, ele é que foi procurado por Bernardo. O ministro teria pedido a Hauly apoio a Micheleti, que acabou derrotando Antônio Belinati (PSL). “Eu conheço Hauly desde 1990 e nunca telefonei para ele. É fácil comprovar [o pedido de dinheiro feito pelo tucano]. Ele me ligou quatro, cinco vezes. Pessoalmente num encontro em Londrina, pediu R$ 250 mil antes de declarar o apoio. E mais R$ 250 mil depois”, afirmou o ministro. Bernardo disse ainda que Hauly afirmou ter outra proposta de receber dinheiro do deputado José Janene (PP-PR) para ficar neutro. Hauly afirma que ficou neutro apenas por discordar dos dois candidatos a prefeito. A declaração de Bernardo ocorreu logo após o depoimento à CPI da ex-assessora financeira da campanha do PT em Londrina, Soraya Garcia (leia matéria na página A9). Soraya confirmou a acusação de que houve caixa 2 de R$ 6,5 milhões na campanha de Micheleti e disse que o esquema teve participação de Bernardo e do deputado cassado José Dirceu (PT-SP). BISPO CRITICA FHC O bispo emérito de Volta Redonda (RJ), d. Waldyr Calheiros, 82, coordenador regional da ONG católica Caritas, disse ontem em seminário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso “não tem moral para criticar o atual governo”. O bispo defendeu a abertura de uma CPI para investigar os processos de privatização de estatais, como o do sistema de telefonia, ocorrido durante o governo FHC (1995-2002). “O Fernando Henrique Cardoso não tem moral para criticar o governo Lula, por mais erros que o governo atual tenha. Basta que sejam investigadas as privatizações ocorridas no governo dele [FHC] e será encontrada sujeira”, disse o bispo. As declarações foram feitas quando ele avaliava a situação política do País. O bispo criticou ainda o governo Lula, que, segundo ele, “frustrou as esperanças” de parte da sociedade. D. Waldyr disse que deve haver uma auditoria rigorosa nos documentos das privatizações. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), rebateu as críticas. “O bispo está tendo uma visão ideológica das privatizações. O ex-presidente FHC se reportou ao roubo de dinheiro público flagrado no governo Lula. O bispo tem o direito de falar como cidadão. Mas ele tem uma visão caolha. Se ele fala mal de Fernando Henrique pelo celular, ele tem de agradecer às privatizações e à quebra do monopólio.”

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