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Nº 5759
Nacional

Conselho tenta contornar crise interna

| ROSE ANE SILVEIRA Folha Online Brasília - O Conselho de Ética da Câmara viveu ontem a sua primeira crise interna do ano. A avaliação é dos próprios integrantes do órgão, que tentaram durante a reunião de ontem evitar uma ruptura nas ações do colegiado

Por | Edição do dia 15/02/2006 - Matéria atualizada em 15/02/2006 às 00h00

| ROSE ANE SILVEIRA Folha Online Brasília - O Conselho de Ética da Câmara viveu ontem a sua primeira crise interna do ano. A avaliação é dos próprios integrantes do órgão, que tentaram durante a reunião de ontem evitar uma ruptura nas ações do colegiado após as críticas feitas pelo deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP), que apontou a existência de um acordão que teria livrado o deputado Pedro Henry (PP-MT) de ter seu mandato cassado. Fantazzini foi o autor do parecer derrotado que pediu a cassação do ex-líder do PP. Ontem, o Conselho de Ética formalizou o arquivamento do caso de Henry. “Não podemos deixar que a crise se instale aqui. O inimigo está lá fora. Não podemos deixar a cizânia nos dividir”, afirmou o deputado Julio Delgado (PSB-MG), depois das farpas trocadas entre os deputados Orlando Fantazzini e Edmar Moreira (PFL-MG). Moreira acusou Fantazzini de ter procurado o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) para subsidiar seu parecer pela cassação de Pedro Henry. Afirmou ainda que Fantazzini estaria fazendo isto em busca de provas da culpa de Henry por temer “ser esfolado vivo pelo PSOL”, se não condenasse o ex-líder do PP. Edmar pediu ainda punição para Fantazzini por este ter denunciado um acordão envolvendo integrantes do Conselho. Fantazzini, por outro lado, afirmou ter desconfiado da ação do Conselho de Ética ainda na última quinta-feira pela manhã, quando foi avisado de que seu parecer seria rejeitado. “Fui avisado também que o representado estava tão confiante na derrota do meu parecer que não pediria vistas”. O relator confirmou que consultou Sampaio, mas disse que não foi somente o deputado tucano que foi ouvido durante a elaboração do seu parecer. “[O PSOL] não me põe cabresto e não seria por pressão partidária que eu faria um parecer.” Carlos Sampaio confirmou as conversas com Fantazzini, mas negou que o relator do caso Pedro Henry tenha pedido ajuda para condenar o deputado. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou mais uma vez a votação do recurso apresentado pelo deputado Wanderval Santos (PL-SP) contra a decisão do Conselho de Ética da Câmara que pediu a cassação do seu mandato. A votação do recurso estava prevista para ontem, mas foi transferida para a próxima semana devido ao início das votações no plenário da Casa (ordem do dia). Durante mais de duas horas, os integrantes da CCJ debateram o parecer da deputada Denise Frossard (PPS-RJ), que rejeitou o recurso de Wanderval. O ex-bispo da Igreja Universal alega no documento que o Conselho de Ética pediu a cassação de seu mandato com base em um crime que não consta da representação inicial feita contra ele.

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