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Nº 5759
Nacional

Propostas iniciais devem virar pizza

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Por | Edição do dia 18/02/2006 - Matéria atualizada em 18/02/2006 às 00h00

| FELIPE RECONDO Folha Online A dois meses do término da CPI dos Correios e da conclusão dos processos do Conselho de Ética, parte das investigações propostas no início dos trabalhos foi deixada de lado, outras denúncias caminham a passos lentos com alta probabilidade de terem como destino o arquivo morto do Congresso Nacional. A CPI do Mensalão, por exemplo, negligenciou a declaração feita pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de que o ex-ministro das Comunicações, o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) teria participado das negociações para o recebimento de recursos do “valerioduto”. O caso nunca foi investigado. O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) passou incólume no escândalo que derrubou o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti. O deputado seria o intermediador entre Severino e o empresário Sebastião Buani. Na CPI dos Correios, o caso Coteminas foi abandonado. A empresa recebeu R$ 1 milhão por camisas entregues para a campanha de 2004. O dinheiro teria como origem as contas do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza. A Polícia Federal iniciou as investigações, mas a CPI não se moveu. O empresário Daniel Dantas, apontado inicialmente como um dos possíveis mantenedores do “mensalão”, depôs uma vez às CPIs dos Correios. No entanto, nenhum dos dados para as investigações chegaram ao Congresso Nacional. Um dos requerimentos pedia o repasse de informações contidas no computador do Opportunity, de propriedade de Dantas e que controlava empresas de telecomunicações com contratos firmados com as agências de publicidade de Valério. A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Ellen Gracie concedeu liminar que impede a abertura das informações. Apenas o deputado Jamil Murad (PC do B-SP) faz questão, a cada sessão da CPI, de recordar os demais integrantes da comissão que o assunto está parado. A sub-relatoria que investiga o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) é outra promessa de fracasso, apesar das negativas do deputado Carlos Willian (PTC-MG). Nas últimas sessões adminsitrativas, o sub-relator apresenta requerimentos apontados por ele como fundamentais para a investigação, mas há meses nenhum é levado a voto. Até o momento, a sub-relatoria não concluiu nenhuma das frentes de investigação.

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