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Nº 5759
Nacional

N�vel do Rio Acre come�a a baixar

| Sílvia Freire Folhapress O nível das águas do rio Acre começou a baixar ontem, dez dias depois de transbordar e atingir mais de 33 mil pessoas em Rio Branco (AC). Até as 15h de ontem (17h em Brasília), a água havia abaixado 23 cm desde o nível máxim

Por | Edição do dia 23/02/2006 - Matéria atualizada em 23/02/2006 às 00h00

| Sílvia Freire Folhapress O nível das águas do rio Acre começou a baixar ontem, dez dias depois de transbordar e atingir mais de 33 mil pessoas em Rio Branco (AC). Até as 15h de ontem (17h em Brasília), a água havia abaixado 23 cm desde o nível máximo (16,72m), registrado às 19h de anteontem. No entanto, ainda não há previsão de quando as famílias desalojadas vão poder voltar para suas casas. Apesar da estabilização do rio, aumentou o número de famílias levadas pela Defesa Civil para abrigos ou casa de parentes. Ontem, 989 famílias (cerca de 3.956 pessoas) - 33 famílias a mais do que no dia anterior- estavam nos abrigos públicos e 1.082 famílias estavam em casa de parentes. Trinta pessoas abrigadas no parque de exposição Marechal Castelo Branco apresentaram diarréia após comer uma refeição doada pelos presos. A Vigilância Sanitária recolheu amostras da comida para análise. Cerca de 850 pessoas comeram a comida enviada pelos presos. Nos abrigos, muitas crianças que tiveram contato com água da enchente estão com micoses e diarréias. Há também alguns casos de escabiose (sarna). Os desalojados estão sendo atendidos por equipes médicas que visitam diariamente os locais. “Quando tirei as crianças de casa, a água na rua estava na altura do peito. Eles tiveram contato com a água contaminada e os dois estão com micose e coceira”, disse Evanilce Barros de Oliveira, que está há 12 dias no abrigo com os filhos de 2 e 3 anos. Segundo o diretor do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, Marco Aurélio Nunes Pereira, a preocupação é com o aumento dos casos de leptospirose, principalmente depois que as famílias voltarem para as casas. “A bactéria que causa a doença é bem resistente e pode ficar alojada na lama ou na água. É preciso que as casas inundadas sejam desinfetadas com hipoclorito de sódio (água sanitária).” “Já tive a casa alagada duas vezes e é triste voltar. Tem gente que perde tudo. Quando a pessoa sai, tem alguém que acolhe, mas quando ela volta para casa, é só ela e Deus”, disse o governador Jorge Viana (PT).

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