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Nº 5759
Nacional

Tens�o no PSDB fica ainda mais clara

Chico de Gois, Catia Seabra, Conrado Corsalette e Mariana Campos Folhapress Santos - No dia que o PSDB dedicou à memória do ex-governador Mário Covas (SP), cuja morte completou cinco anos ontem, a tensão interna no partido, provocada pela indefinição na

Por | Edição do dia 07/03/2006 - Matéria atualizada em 07/03/2006 às 00h00

Chico de Gois, Catia Seabra, Conrado Corsalette e Mariana Campos Folhapress Santos - No dia que o PSDB dedicou à memória do ex-governador Mário Covas (SP), cuja morte completou cinco anos ontem, a tensão interna no partido, provocada pela indefinição na escolha do candidato à Presidência, atingiu um grau de evidência inédito. O prefeito de São Paulo, José Serra, um dos postulantes, não compareceu pela manhã à missa que se transformou em evento de campanha do outro candidato, Geraldo Alckmin, que sucedeu Covas. Frustrado por seus esforços infrutíferos de conduzir uma definição, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, lavou as mãos e voltou a Brasília no meio do dia, dizendo que Alckmin e Serra estão se entendendo, quando na realidade parece que os dois jamais estiveram tão longe de um acordo. O mesmo Tasso que, em 2000, poucos meses antes da morte de Covas, foi lançado pelo então governador paulista candidato à sucessão de Fernando Henrique Cardoso e acabou preterido por Serra, agora pressionava o prefeito por uma resposta sobre sua renúncia ao cargo para concorrer ao Planalto. Serra, mais uma vez, evitou uma definição. No sentido contrário, Alckmin insistiu que a decisão do partido tem que acontecer o quanto antes: “Acho que é um sentimento de todo o partido, de que chegamos à hora de decisões e [que isso] não precisa ser feito na véspera, no dia 31 de março”, disse. Os eventos em lembrança aos cinco anos da morte de Covas começaram com missa na igreja de Santo Antonio do Valongo, em Santos. A cerimônia teve uma maioria de deputados federais e estaduais ligados a Alckmin. O padre Antonio Maria fez a homilia. Nela, afirmou que “Covas, em sua vida, foi um santo”. E explicou que “ser santo é fazer o ordinário do dia-a-dia de uma maneira extraordinária”. “Deus abençoe o governador que herdou de Mário Covas a missão de governar nosso Estado”, pediu. Depois da missa, Alckmin foi com Lila Covas, viúva do ex-governador, à inauguração de uma nova ala no hospital Guilherme Álvaro, especializada em tratamento contra lábio leporino. Lila fez questão de homenagear o governador. “Este centro tem o nome de Mário Covas, mas eu queria que tivesse o nome de Alckmin, porque sem ele nada disso teria sido possível.” Ela foi enfática no apoio a Alckmin. “Eu defendo com toda força que ele seja nosso próximo presidente porque tem sangue novo e força para mudar este País”, disse. À noite, Serra e Alckmin se encontraram no último dos eventos em homenagem a Covas, na Sala São Paulo. Organizado pelo governo do Estado, o evento contou com a exibição de um vídeo sobre a vida política de Covas no qual Alckmin apareceu como destacado coadjuvante. Quando Covas citou seu nome, na gravação, a sala aplaudiu. Serra sentou-se no espaço reservado às autoridades, mas não ficou perto de Alckmin.

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