L�deres partid�rios querem tr�gua
| FELIPE RECONDO Folha Online Brasília - Os líderes partidários no Senado, em reunião com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiram evitar confronto com o Judiciário na discussão sobre a verticalização nas eleições deste ano. De forma
Por | Edição do dia 08/03/2006 - Matéria atualizada em 08/03/2006 às 00h00
| FELIPE RECONDO Folha Online Brasília - Os líderes partidários no Senado, em reunião com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiram evitar confronto com o Judiciário na discussão sobre a verticalização nas eleições deste ano. De forma unânime, os líderes decidiram baixar a temperatura na discussão do assunto para evitar uma crise entre os dois poderes. O que os líderes de forma unânime ponderaram é que devemos evitar o aquecimento na relação entre o Legislativo e o Judiciário, declarou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC). Uma crise não interessa a ninguém, acrescentou. Não nos cabe discutir interpretação constitucional. Entregamos ao Supremo a decisão sobre a matéria sem tensionamento, afirmou o líder do PFL, José Agripino (RN). Queremos evitar qualquer coisa que pareça um choque com o Judiciário, disse o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Os líderes concordaram ainda que o Supremo deve se pronunciar o mais rápido possível sobre o assunto. Por conta disso, os presidentes de sete partidos vão hoje ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir celeridade na discussão do assunto. Tasso Jereissati (PSDB), Michel Temer (PMDB), Jorge Bornhausen (PFL), Roberto Freire (PPS), Carlos Luppi (PDT), Heloísa Helena (P-Sol) e Fernando Gabeira, representando o PV, vão ao STF às 17h. Utopia O presidente em exercício, José Alencar, disse que a verticalização das coligações partidárias é uma utopia no atual quadro político brasileiro. Precisamos da não verticalização até que se faça uma reforma capaz de reduzir o número de partidos para um número capaz de acolher com segurança os que trabalham na política com seriedade, afirmou. Gostaríamos que os candidatos e eleitores estivessem coerentes, admitiu Alencar. Mas temos 29 partidos. Eles também são federações. E em cada estado há uma conduta diferente, comentou, justificando a preferência atual.