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Nº 5759
Nacional

Governistas podem derrubar candidatos

| EPAMINONDAS NETO Folha Online Os chamados “governistas” do PMDB podem tentar derrubar o candidato eleito nas eleições prévias deste domingo. O candidato à presidente da República precisa ser necessariamente homologado pela convenção nacional. A ala go

Por | Edição do dia 17/03/2006 - Matéria atualizada em 17/03/2006 às 00h00

| EPAMINONDAS NETO Folha Online Os chamados “governistas” do PMDB podem tentar derrubar o candidato eleito nas eleições prévias deste domingo. O candidato à presidente da República precisa ser necessariamente homologado pela convenção nacional. A ala governista negociou com o partido a antecipação da convenção de junho para 8 de abril. Com isso, os governistas sinalizam que ainda pretendem derrubar a candidatura própria do PMDB, apesar da realização das prévias. “Se a convenção nacional não aprovar o candidato, então o PMDB não terá candidato à presidência”, afirma o deputado federal e membro da comissão apuradora das prévias, Eliseu Padilha (RS). O PMDB tem hoje dois pré-candidatos à presidência da República, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Há uma ala da legenda, no entanto, que defende a aliança do partido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, virtual candidato à reeleição. Essa ala foi batida. A reunião da Executiva Nacional, que aconteceria ontem, foi desmarcada por falta de quórum, e poderia ter adiado as prévias. A próxima oportunidade dos “governistas” será na convenção nacional. “O Estatuto do partido diz que, se ocorrer prévias, a convenção nacional tem que homologar. E a convenção tem autonomia tanto para ‘sim’ quanto para ‘não’”, explica Padilha. Para o candidato ser aprovado na convenção, é preciso ter maioria simples dos votos dos chamados “convencionais” do partido, garantido o quórum mínimo de 50% mais 1 dos votos possíveis (712), diz Padilha. Os peemedebistas defensores da candidatura própria comemoraram ontem a falta de quórum para a reunião da Executiva nacional. “A ausência dos ‘lulistas’ mostra que eles não tinham votos”, disse o pré-candidato Anthony Garotinho. Na convenção nacional, no entanto, o risco não pode ser desprezado. O “calcanhar-de-aquiles” da questão, como analisa o deputado Padilha, está na regra da verticalização. Se mantida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), as coligações regionais terão que seguir a aliança feita em nível federal. A cúpula do PMDB calcula hoje ter entre 18 a 20 candidatos “viáveis” nos Estados. Com a verticalização, para alguns desses candidatos seria mais interessante que o partido não tenha candidatura própria em nível federal. Sem candidato à presidência da República, os Estados ficariam livres para montarem as coligações regionais. Hostilização Num ato ontem de manhã com vários peemedebistas favoráveis às prévias, os governistas do partido foram hostilizados. “Quem dá mais, quem dá mais, o Renan vai atrás”, gritavam militantes segurando notas de R$ 1 e de R$ 10 nas mãos. Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, defende a tese de o partido não ter candidato a presidente. A disputa do PMDB tem como pano de fundo a verticalização. Mantida a regra, e se o partido tiver candidato a presidente, muitas alianças estaduais ficariam inviabilizadas.

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