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Nº 5904
Nacional

Liminar inviabiliza pr�vias do PMDB

| ROSE ANE SILVEIRA Folha Online Brasília - O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP) irá recorrer da liminar concedida ontem pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Edson Vidigal, que suspende as prévias do partido, marcadas

Por | Edição do dia 18/03/2006 - Matéria atualizada em 18/03/2006 às 00h00

| ROSE ANE SILVEIRA Folha Online Brasília - O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP) irá recorrer da liminar concedida ontem pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Edson Vidigal, que suspende as prévias do partido, marcadas para domingo, mas não tem pressa para isso. Segundo ele, “há tempo” para cassar a liminar concedida ontem pelo STJ. Com essa estratégia, os oposicionistas do PMDB indicam querer demorar para cassar a decisão e evitar que os governistas tenham tempo para conseguir outra liminar até domingo, em uma guerra de liminares. Temer lembrou que a convenção nacional do partido, ocorrida em fim de 2004, foi suspensa na Justiça, que depois cassou a liminar, que foi novamente concedida no fim daquele mesmo dia. Aquela convenção é alvo ainda hoje de decisões judiciais. Os principais caciques governistas do PMDB deixaram Brasília no meio dessa tensão e foram acompanhar a evolução da disputa judicial em outros Estados. O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) está em Maceió. O líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB) está desde ontem à noite na Paraíba. O senador José Sarney (AP) tem agenda em Sergipe. Já os oposicionistas do PMDB fizeram uma reunião de emergência ontem em Brasília. Os pré-candidatos do PMDB à sucessão presidencial, Germano Rigotto e Anthony Garotinho se encontraram com Temer ontem à tarde para acompanhar as movimentações na Justiça. Como a liminar foi concedida por Vidigal, que viajou para o Maranhão, é possível que o PMDB oposicionista tenha dificuldade para cassá-la. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou Vidigal e disse que ele agiu de forma eleitoreira. Vidigal anunciou ontem sua candidatura ao governo do Maranhão. ### Seis diretórios vão escolher candidato ROSE ANE SILVEIRA EPAMINONDAS NETO Folha Online Pelo menos seis diretórios do PMDB ignoraram a liminar concedida ontem pelo ministro do STJ Edson Vidigal e decidiram manter as prévias do partido. São os diretórios do PMDB de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. A expectativa do PMDB oposicionista é conseguir ampliar esse número para 14, hoje. O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e Anthony Garotinho se reuniram com o ministro do STJ Hamilton Carvalhido para tentar suspender a liminar. Em São Paulo, o presidente do PMDB local, o ex-governador Orestes Quércia, disse estar “confiante” na queda da liminar e manteve a convocação para as prévias. O PMDB de Santa Catarina informou que não suspendeu seus preparativos e que também espera uma decisão favorável às prévias de domingo. Alguns dos diretórios que mantiveram posição pelas eleições de amanhã são ligados a peemedebistas defensores de candidatura própria, a exemplo de São Paulo, onde Quércia apóia Rigotto. Os diretórios do Pará, Alagoas e Maranhão, no entanto, não pretendem realizar as eleições. Não por coincidência, são alguns dos diretórios ligados a políticos da ala governista do partido. “Decisão da Justiça é para ser cumprida, e nós vamos cumprir essa decisão. Somente faremos as prévias com a revogação dessa liminar”, disse Humberto Lucena, presidente do PMDB paraibano. Validade Mesmo que os diretórios regionais realizem as prévias de domingo, a eleição será considerada ilegal enquanto a liminar não for derrubada. Pelas regras do estatuto do PMDB, 23 mil pessoas de todo o País podem votar nas eleições internas. O voto não é obrigatório e por isso não há quórum mínimo para a votação ser válida. O maior colégio eleitoral do PMDB é São Paulo, com 34% dos peemedebistas aptos a votar. Com 2.079 milhões de filiados, o PMDB ainda é considerado o maior partido do País. A realização dessas prévias foi decidida em convenção nacional do partido, realizada em dezembro de 2004 e que ainda é questionada na Justiça.

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