PF e Ibama apreendem 219 aranhas
| Folhapress São Paulo Ao menos 219 aranhas, entre espécies nativas e do exterior, foram apreendidas pelo Ibama e pela Polícia Federal durante três dias da Operação Caranguejeira, que investiga suposto esquema de tráfico internacional de animais e biopi
Por | Edição do dia 25/03/2006 - Matéria atualizada em 25/03/2006 às 00h00
| Folhapress São Paulo Ao menos 219 aranhas, entre espécies nativas e do exterior, foram apreendidas pelo Ibama e pela Polícia Federal durante três dias da Operação Caranguejeira, que investiga suposto esquema de tráfico internacional de animais e biopirataria. As apreensões ocorreram em São Paulo e Adamantina (593km a noroeste da capital), onde dois estudantes foram detidos acusados de crime ambiental. De acordo com Luís Lima, coordenador estadual de fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a conexão internacional do crime é a Alemanha e as negociações eram feitas pela Internet. Essa é a maior apreensão desse tipo de animal no Estado. Uma das cargas saiu de Belo Horizonte com destino à Alemanha. Já a outra veio da Alemanha, passou por São Paulo e o destino foi Adamantina, onde ocorreram as detenções. A operação, segundo Lima, foi desencadeada na terça-feira, quando 102 aranhas foram apreendidas no centro de triagem dos Correios em São Paulo. O equipamento de raios X do órgão detectou os aracnídeos sendo transportados em embalagens de filmes fotográficos. Uma outra caixa trazia na identificação a inscrição de transporte de brinquedos. Após a apreensão, o Ibama descobriu que uma outra quantidade chegaria até o fim de semana ao interior paulista proveniente da Alemanha. Com auxílio da Polícia Federal, o Ibama acompanhou a carga até Adamantina. Um estudante de biologia de 26 anos, cuja identidade não foi revelada, foi detido na quinta-feira no momento em que retirava os pacotes da agência dos Correios. No pacote estavam 84 espécies, acondicionadas em potes de plástico. Fiscais do Ibama e agentes da PF encontraram ainda em sua casa outras 20 espécies. Já na casa de um outro estudante foram localizadas mais 13 aranhas mantidas em cativeiro sem autorização. Os jovens foram ouvidos na PF de Presidente Prudente. Eles disseram ser colecionadores.