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Nº 5759
Nacional

Pol�tica de Alckmin � atacada em banco

| Epaminondas Neto Folhapress São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (SP) voltou a negar a ocorrência de ingerência política na Nossa Caixa e o suposto direcionamento de recursos de publicidade do banco em favorecimento de aliados na Assembléia Legisl

Por | Edição do dia 28/03/2006 - Matéria atualizada em 28/03/2006 às 00h00

| Epaminondas Neto Folhapress São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (SP) voltou a negar a ocorrência de ingerência política na Nossa Caixa e o suposto direcionamento de recursos de publicidade do banco em favorecimento de aliados na Assembléia Legislativa. Alckmin afirmou que governo paulista já tomou as “providências necessárias” envolvendo o caso. “Nós estamos falando de 500 veículos de comunicação e pinçaram cinco casos. Não é o caso de se falar em ingerência política”, disse Alckmin após se reunir com o presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE), no Palácio dos Bandeirantes. Alckmin, no entanto, aceitou ontem o pedido de exoneração de seu assessor especial de comunicação Roger Ferreira. Em carta enviada ao governador, Ferreira justifica seu pedido: não servir de “pretexto” para atrapalhar a candidatura do governador à Presidência da República. Em reportagem publicada no domingo passado, a Folha de S.Paulo apontou indícios de irregularidades em contratos de publicidade da Nossa Caixa, com direcionamento de verbas para veículos de comunicação para atender pedidos de deputados estaduais. Segundo a reportagem, o assessor Ferreira seria o intermediário entre a agência de publicidade que distribuía as verbas e o governo estadual. Segundo a reportagem o dinheiro de publicidade da Nossa Caixa foi usado em jornais, revistas e programas mantidos ou indicados por Wagner Salustiano (PSDB), “Bispo Gê” (PTB), Afanázio Jazadji (PFL), Vaz de Lima (PSDB) e Edson Ferrarini (PTB). Correspondências eletrônicas obtidas pela reportagem indicam que as ordens partiram do assessor especial de Comunicação de Alckmin, Roger Ferreira. Segundo Alckmin, a reportagem foi baseada numa investigação do próprio banco, e diz que a demissão do ex-gerente de marketing Jaime de Castro Júnior demonstra providências. O governador desqualificou o conteúdo dos e-mails citados na matéria, que foram transmitidos à Nossa Caixa pelo publicitário Saint’Clair de Vasconcelos, presidente da Contexto, agência de propaganda que detinha, na época, a conta da Casa Civil e, hoje, atende a Nossa Caixa. “O e-mail não é do governo. Estão pegando e-mails de gente que não é do governo.” Nos e-mails, Vasconcelos cita políticos e pede ao representante do governo estadual que faça a aplicação de recursos do banco em determinados veículos da mídia. O governador admitiu que houve erro na prorrogação dos contratos das agências de propaganda Full Jazz Comunicação e Colucci Propaganda, que continuaram prestando serviços sem amparo legal, pois a Nossa Caixa não havia renovado os contratos.

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